Pesquisar
Close this search box.

Mercado de cartões no país só perde para EUA e Canadá

O mercado brasileiro de cartões já é o terceiro mais lucrativo do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e Canadá. As empresas ligadas ao setor, incluindo bancos emissores e os credenciadores de lojistas para as bandeiras, devem lucrar mais de US$ 4 bilhões este ano, segundo estudo da consultoria inglesa Lafferty. Em 2009, os lucros somaram US$ 3,750 bilhões. A consultoria pesquisou o mercado de cartões em 65 países e, para a comparação internacional, considerou os ganhos antes dos impostos e taxas.
Cada cartão de crédito emitido no Brasil dá lucro de US$ 20 para os bancos. É o maior valor entre os países que formam a sigla Bric (além do Brasil, há a Rússia, a Índia e a China). Na Índia, o lucro é de US$ 12 e na Rússia de apenas US$ 5. Já na China, mercado dominado pelos cartões de débito, cada plástico dá prejuízo de US$ 1.
Mesmo estando entre os cinco maiores mercados de cartões do mundo, o setor no Brasil ainda tem grande potencial para crescimento, avalia o sócio da Lafferty Group, o irlandês Michael Lafferty. Um dos indicadores disso é que o gasto médio por cartão aqui ainda é baixo quando comparado a outros países. No mercado brasileiro, cada cartão movimenta US$ 937 por ano, em média, considerando dados de 2009. Na China, é de US$ 1.538. A média mundial está em US$ 2.613. Na comparação internacional quando se considera o valor de cada transação, o Brasil é apenas o oitavo do ranking global, com US$ 75. Nos outros países, está na casa dos US$ 100.
Segundo o executivo, mercados como o Reino Unido e o norte-americano estão com taxas estáveis de crescimento, ainda influenciadas pela crise financeira mundial de 2008 e 2009. Enquanto isso, o Brasil continua mantendo o ritmo de crescimento, sempre na casa dos dois dígitos. “Vemos um crescimento massivo para o crédito ao consumo no Brasil, muito a frente dos outros países dos Bric”, disse o executivo, que veio a São Paulo para participar do C4 – Congresso de Cartões e Crédito ao Consumidor. O Brasil deve fechar o ano com 600 milhões de cartões, entre plásticos de débito, crédito e de lojas.
Para Lafferty, uma das particularidades do Brasil é a forte popularidade dos cartões de varejo, emitidos por lojas e redes em parcerias com bancos. Diferentes de outros países, esses cartões são muito usados aqui e são considerados um modelo mundial para a expansão desse mercado. Hoje, praticamente todas as grandes redes varejistas emitem cartões. Na comparação internacional, apenas os EUA têm participação importante dos plásticos de varejo.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
Compartilhe:​

Qual sua opinião? Deixe seu comentário

Notícias Recentes

Pesquisar