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Manaus pode parar no sábado

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Iniciada na segunda-feira (21), a greve dos caminhoneiros teve grande adesão da categoria em todo o país e o que começou de jeito tímido em Manaus, chegou a um ponto crítico ameaçando a indústria e comércio do Estado que ficarão impedidos de receber insumos e mercadorias seja por via terrestre ou aérea. A ameaça de interrupção do abastecimento de combustíveis, também pode parar serviços essenciais para o PIM (Polo Industrial de Manaus) como os transportes especiais e já é dada como certa a paralisação parcial da frota de transporte coletivo hoje (25) e causar a interrupção total destes serviços se a greve persistir por mais dias.

O risco de desabastecimento é grande, mas inúmeras entidades prestam solidariedade ao movimento. O presidente da Fetramaz (Federação das Empresas de Logística, Transporte e Agenciamento de Cargas da Amazônia) Irani Bertolini foi a Brasília para acompanhar de perto as discussões entre as diversas entidades envolvidas e os ministérios de Minas e Energia e Fazenda. Segundo a assessoria da entidade, a Federação apoia a paralisação, apesar de lamentar os riscos por que passam alguns setores produtivos da região.

Em trecho da nota enviada pela Fetramaz, a entidade afirma solidariedade a causa e espera que a Polícia Rodoviária Federal, “abstenha-se de penalizar com multas ou outro instrumento equivalente, caminhões e carretas paradas em acostamentos pela adesão ao presente movimento.”

Comércio e indústria

Na segunda-feira, data de início da paralisação, o presidente da ACA (Associação Comercial do Amazonas) Ataliba Antonio Filho já alertava para o risco do desabastecimento no comércio, já que o mesmo depende quase em sua totalidade do que chega por via rodoviária. “Se a situação perdurar por mais dias, é possível que tenhamos um impacto no abastecimento do setor”, disse.

Já a indústria que costuma trabalhar com estoques que duram em média de 60 a 90 dias, já começam a sentir dificulades de escoar a produção. Segundo informações, as entregas para o varejo já estão comprometidas. O vice-presidente da Fieam (Federação da Indústrias do Estado do Amazonas) apoia a reivindicação da categoria mas teme que a produção do PIM seja estrangulada. “Apesar das reivindicações serem válidas, é necessário rever algumas questões”, comentou.

Aeroportos

Com a greve, alguns aeroportos já iniciaram a redução e até o cancelamento de voos, o que deve se repetir de forma mais extrema em Manaus por conta do isolamento geográfico. Na quinta-feira (24) um relatório divulgado pela Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) dava conta de que o Aeroporto Eduardo Gomes dispunha de autonomia de apenas quatro dias, um total de 2.450 mil litros de combustível. O alerta foi dado pelo Nago (Núcleo de Acompanhamento e Gestão Operacional), no “relatório de monitoramento da mobilização dos caminhoneiros”.

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) por meio de nota recomendou aos passageiros “com voos marcados para os próximos dias que consultem as empresas aéreas antes de se deslocarem para os aeroportos até que a situação se normalize”.

Postos

A manifestação em Manaus acontece no Distrito Industrial I em uma via de acesso a uma refinaria, como consequência, os combustíveis não estão chegando aos postos de abastecimento e no fim da tarde de ontem já se noticiava a falta de gasolina e diesel nas bombas.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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