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Lula diz que países ficam presos às críticas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse em entrevista à imprensa síria que os países do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) aprovaram nova rodada de sanções contra o Irã, no início deste mês, porque ficaram “prisioneiros” do discurso crítico que faziam contra o país e seu programa nuclear.
“Estranhamente, depois que nós fizemos o acordo, que eles [membros do Conselho de Segurança] deveriam chamar o Irã para conversar, eles transformaram as sanções em uma questão de honra. Por quê? Porque eles estavam prisioneiros dos seus discursos, falaram demais e não tinham como voltar atrás”, disse o presidente ao jornal “El Watan” e à Agência Nacional de Notícias Síria.
Lula voltou a defender o acordo firmado em maio por Brasil, Turquia e Irã, em que o país persa concorda em enviar parte do seu estoque de urânio para enriquecimento no exterior, seguindo exigência feita pelo próprio Conselho de Segurança.
O presidente se disse decepcionado com a falta de apoio das potências ao acordo assinado em Teerã e chamou de “absurda” a decisão dos países de aprovarem as sanções ao invés de darem prosseguimento às negociações com o Irã.
“Uma semana depois [do acordo], o Irã manda a carta -que eles não acreditavam que o Irã fosse mandar- para o Grupo de Viena, representado pelos Estados Unidos, pela França e pela Rússia, e eles fizeram as sanções antes de ler a carta. É o absurdo do absurdo. Eu, sinceramente, fiquei decepcionado.”
Para Lula, as sanções aprovadas contra o Irã foram por “vingança” e por “ciúme”. “Quem não concordou [com o acordo assinado por Brasil, Turquia e Irã] foram os membros permanentes do Conselho de Segurança, que queriam punir o Irã quase por vingança.
Talvez um pouco de ciúme de que o convencimento do Irã foi feito por dois países que não são membros permanentes do Conselho de Segurança.”

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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