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Lisboa aponta que médicos do interior estão sendo prejudicados pelo PCCS

O PCCS (Plano de Cargos, Carreiras e Salários), para os médicos efetivos da Susam (Secretaria de Estado da Saúde), exaustivamente debatido, aprovado e promulgado na Assembleia Legislativa do Estado, está sendo colocado em prática de forma errônea por essa secretaria, disse o deputado Wilson Lisboa (PCdoB) em seu pronunciamento de ontem, o que caracteriza discriminação.
O erro acontece conforme Lisboa, porque, por determinação da Sead (Secretaria de Estado da Administração), apenas os médicos com doutorado, mestrado e com especialização têm direito aos benefícios do plano aprovado.
Para o deputado, isso é pura discriminação e ocorre diretamente com os profissionais que atuam no interior do Estado. Muitos deles, até mesmo por falta de tempo e da distância com a capital não podem fazer ou não possuem doutorado, mestrado e especialização. “Eles estão onde muitos não querem ir, e ainda não estão sendo contemplados com o benefício”, disse.
A maioria dos municípios do interior, destaca Lisboa, não possui médicos efetivos dos quadros da Susam, por isso não têm direito ao plano. O deputado chama a atenção do Sindicato dos Médicos que tanto lutou para que esse plano fosse aprovado, e agora faz de conta de que não sabe o que está acontecendo.
A Susam, disse Lisboa, possui poucos médicos em seu quadro efetivo trabalhando no interior do Estado, levando saúde e fazendo o máximo que podem para melhorar a vida das pessoas nos rincões mais longínquos e os esquece de favorecer com o plano.
Essa informação Lisboa disse que obteve após uma visita à Susam, quando soube que esses médicos não estavam sendo beneficiados. “Afinal esse plano foi aprovado para todos os médicos serem beneficiados e, se assim não for, vai representar um prejuízo de mais de R$ 2 mil no bolso daqueles que estão lotados nos municípios”, comentou.
Lisboa explicou que para um médico ir para o interior ele precisa ser incentivado financeiramente, pois não há interesse de nenhum profissional se deslocar da capital e ir para o interior sem uma devida compensação financeira.
Para o deputado, se urgentemente não for reparada essa discrepância, “certamente os poucos profissionais que estão no interior poderão migrar para a capital porque aqui ainda existe uma carência fantástica de profissionais que vão atuar nas cooperativas, ganhando muito mais de que ganham nos municípios”.
Wilson Lisboa afirmou que um médico ganha no interior do Estado em média R$ 8 mil, enquanto o que atua em Manaus ganha o mesmo valor mais os percentuais respectivos e relativos às suas especializações -doutorado e mestrado. Nesse sentido, afirmou, “é melhor vir para Manaus fazer ‘bicos’ nas cooperativas e fazer de conta que estão trabalhando nas unidades básicas de saúde”.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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