A taxa média de juros cobrada das famílias no crédito bancário voltou a cair em outubro depois de uma leve alta no mês anterior e alcançou o menor nível já registrado no país.
De acordo com dados do Banco Central divulgados na quinta-feira (29), a média caiu 0,4 ponto percentual, para 35,4% ao ano, na esteira dos esforços do governo para reduzir o custo do dinheiro.
A redução desde o início do ano já chega a quase 10 pontos percentuais. A manutenção da taxa básica de juros (Selic), em 7,25% ao ano, e a estabilidade no nível de inadimplência abrem espaço para que os juros cobrados dos consumidores permaneçam na mínima histórica.
Em outubro, a taxa média geral de juros -considerando também o custo do crédito das empresas- recuou pelo oitavo mês consecutivo e alcançou também o menor nível da história, para 29,3%. A redução acumulada no ano é de 2,9 pontos percentuais.
Inadimplência
A inadimplência dos consumidores ficou estável pelo quarto mês seguido após uma sequência de altas que se estendeu desde o início do ano passado.
Segundo dados do Banco Central, o índice de atrasos acima de 90 dias ficou em 7,9%. Houve avanço em apenas uma das quatro categorias monitoradas.
A inadimplência do crédito pessoal registrou alta depois de dois meses de estabilidade e está agora em 6,2%. O crescimento foi compensado pelo recuo nas linhas para compra de bens, exceto veículos, que teve queda de 0,5 ponto percentual.
O nível de atrasos acima de 90 dias voltou a cair também para financiamento de veículos após o avanço do mês anterior. O índice retornou ao patamar de 5,9%, nível alto se comparado ao histórico da categoria.
No crédito para empresas, o índice registrou leve avanço, de 0,1 ponto percentual e voltou aos 4,1% registrados em agosto. O índice se mantém em nível semelhante desde o início do ano.
