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Investir em qualificação é a saída

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De acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), em março deste ano a região Norte teve um recuo de 0,01% na geração de empregos. Na contramão do índice regional, o Amazonas fechou o mês de março com um crescimento de 0,14% e um saldo positivo de 548 postos de trabalho. Ainda sem os dados para o mês de abril, as perspectivas são de uma leve melhora e a chegada da Copa do Mundo, em junho, pode levantar ainda mais esses números, principalmente nos setores de comércio e serviço. Mas análises continuam apontando a falta de qualificação como fator determinante do aumento do desemprego.

Não existe fórmula mágica para que haja um destaque no mercado de trabalho, mas especialistas em Recursos Humanos garantem que investir em qualificação profissional deixou de ser um gasto.

Eles alertam os profissionais amazonenses a buscarem mais qualificações, para que dessa forma possam competir e garantir uma vaga no mercado de trabalho.

O consultor de carreiras, professor mestre, Antônio Carlos Tirelli, acredita que o saldo negativo da região deve-se ao resquício da crise que ainda perdura no país como um todo além da falta de qualificação profissional.

“Uma grande culpada na queda dos empregos também, é a falta de qualificação técnica e comportamental, a ausência de experiência e consequentemente más relações no mercado, pois as indicações e referências pesam na hora da contratação”, informou o consultor.

Tirelli disse ainda que competências técnicas e comportamentais pesam quanto a seleção de pessoas e a manutenção de colaboradores.

“Quanto a seleção de pessoas, formação superior e atualização constante no que diz respeito a atualidade, cursos de aperfeiçoamento e técnicos como informática avançada e Inglês são requisitos fundamentais para a contratação”, informou.

“As competências comportamentais são as que mais reprovam e demitem em um emprego por isso é importante preservar sua imagem, postura e relacionamentos.

Cuidados com as redes sociais também são importantes, pois elas refletem o que você é, e por último e não menos importante é se manter atualizado com o que o mercado dita, gerencie sua carreira seja você o maior investidor de si, não desista e vá sempre à luta por dias melhores”, complementou Tirelli.

Investir é necessário

A consultora de Recursos Humanos, Sônia Grasseschi, afirma que investimento em cursos e qualificações é mais do que necessário. “Investimento em educação não é gasto. Com as mudanças que o mercado vem exigindo, ser cada vez mais qualificado é um ponto positivo na hora de concorrer uma vaga”, diz Sônia.

O mercado de trabalho está cada vez mais competitivo, observar essa mudança e se adaptar a ela, é a forma de se manter no mercado. “Ter segurança do conhecimento que possui, saber se posicionar frente aos desafios, ter visão, saber enxergar as oportunidades, tudo isso aliado ao currículo técnico dão grandes chances ao candidato. Com toda a tecnologia que temos hoje ao nosso dispor, é mais fácil e rápido se qualificar”, completa.

Cenário Regional

Na pesquisa divulgada pelo Caged, o Amazonas ocupou o 12º lugar no ranking de saldo de empregos. Ao todo foram 9.778 admissões e 9.230 demissões, gerando um saldo positivo de 548 postos de trabalho. Crescimento de 0,14% no mês de março. Tirelli disse que o Estado do Amazonas como polo gerador de empregos e o maior Estado da região Norte em termos populacionais se destaca nas questões migratórias aos municípios vizinhos. “Há uma grande quantidade de manauaras migrando para municípios que oferecem oportunidades na sua área de atuação, seja agrícola ou no segmento de piscicultura onde há um grande índice de criações. Falando de formação superior há os cargos comissionados, processos seletivos e concursos com grandes oportunidades”, completa ele.

No cenário da capital Amazonense percebe-se incentivos no segmento do comércio e serviços, no entanto há uma grande exigência de capacitação e salários abaixo do mercado. “Comércio e serviços vem apresentando grande crescimento devido aos eventos e datas comemorativas esporádicas que acabam movimentando as vendas”, informa Tirelli. Ainda de acordo com a pesquisa, o emprego cresceu em cinco dos oito setores econômicos. O saldo positivo tem participação direta dos setores de serviços (666), comércio (79), agropecuária (12), extrativa mineral (10) e administração pública (3). O saldo negativo veio da Indústria de transformação (-203), Serviços Industriais de Utilidade Pública (-14) e Construção civil (-5). Segundo o Caged, o emprego formal no Brasil cresceu em março. Foram 56.151 novos postos de trabalho, um aumento de 0,15% em relação ao saldo de fevereiro. Entre as regiões do país, houve saldo positivo no Sudeste (46.635 postos), no Sul (21.091) e no Centro-Oeste (2.264). No Norte e Nordeste, o saldo ficou negativo em 231 e 13.608 postos, respectivamente.

Reinvente-se

Devido a essa tempestade de mudanças advindas da crise econômica o brasileiro se viu com a necessidade de se atualizar, economizar e até mesmo mudar de carreira. O consultor de carreira, Antônio Carlos acredita que essa tempestade teve seu lado positivo. “Quem estava acomodado passou a se redescobrir e fomentar as ideias que um dia tinham sido “abortadas”, os seus talentos, hobbies viraram formação e forma de ganho financeiro que ocasionou uma independência financeira sem vínculo empregatício”, disse ele. A questão agora é como se manter com questões empreendedoras e mudança de carreira. “É importante buscar auxílio para que essas mudanças não acarretem em decepções ou fracassos vindouros”, informa Antônio. Ele enfatiza que mesmo a pessoa empregada e com carteira assinada, é importante se reinventar. “As empresas reduziram bastante os cargos e muitos se viram fazendo trabalho de 3 a 4 pessoas, o importante é buscar atualizações e melhorias contínuas”, completa o consultor.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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