Sob forte pressão internacional, Israel anunciou a criação de uma comissão com a participação de dois observadores estrangeiros para investigar o ataque à frota de ajuda humanitária internacional que seguia para Gaza, em 31 de maio.
Após o anúncio, o governo israelense aprovou, esta semana, de forma unânime a criação da comissão, que será presidida pelo juiz aposentado da Suprema Corte, Yaakov Tirkel, 75.
O objetivo será “investigar os aspectos relativos à ação empreendida pelo Estado de Israel para impedir que cheguem navios às costas de Gaza”, segundo um comunicado dos serviços do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu.
Os dois observadores estrangeiros serão o prêmio Nobel da Paz irlandês David Trimble, ex-político protestante, e o ex-procurador geral do Exército canadense Ken Watlkin. “Devido às excepcionais circunstâncias do incidente, decidimos designar dois especialistas estrangeiros que serão observadores”, diz o comunicado israelense. No entanto, ambos “não terão o direito de votar em relação aos procedimentos e conclusões da comissão”.
O comunicado destaca ainda que Trimble e Waltkin podem ter o acesso negado a documentos ou informações “passíveis de causar danos substanciais à segurança nacional ou às relações exteriores [de Israel”.
Apesar da medida, a Turquia já anunciou que não confia na comissão criada por Israel, segundo afirmou ministro turco das Relações Exteriores, Ahmet Davutoglu. “Não confiamos em absoluto que Israel, um país que realizou semelhante ataque contra um comboio civil em águas internacionais, realize uma investigação imparcial”, afirmou Davutoglu à imprensa.
Governo vai investigar ataque à frota, mas Turquia rejeita
Redação
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