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Governo lista produtos dos EUA a serem retaliados

O governo brasileiro divulgou ontem uma lista preliminar de produtos importados dos Estados Unidos que podem sofrer retaliações tarifárias a partir de janeiro. A relação com 222 itens inclui alimentos, cosméticos, medicamentos, eletrodomésticos e veículos.
A lista, publicada no “Diário Oficial’’ da União, ficará sob consulta pública até o fim de novembro, para que setores da indústria e varejo nacionais se manifestem sobre eventuais danos colaterais da medida.
Apesar do direito de retaliação obtido pelo Brasil junto à OMC (Organização Mundial do Comércio) em agosto deste ano estar estimado em US$ 800 milhões, as mercadorias listadas equivalem a 10,6% dos desembarques americanos no país em 2008 (ou US$ 2,7 bilhões).
“Temos gordura para queimar. O objetivo é poder receber comentários e sugestões de exclusão ou inclusão de itens para aperfeiçoar o trabalho de elaboração da lista final’’, afirmou a secretária-executiva da Camex (Câmara do Comércio Exterior), Lytha Espíndola.
Embora o Brasil ainda esteja oficialmente aberto a negociar, a demora de um posicionamento claro das autoridades americanas em relação ao corte dos subsídios esgotou a paciência do governo, que tem pressa em aplicar a medida. O grupo de trabalho interministerial formado promete entregar aos ministros da Camex a proposta final até o dia 10 de dezembro.
A ideia é sobretaxar a partir de janeiro. O Brasil estabeleceu um limite de até 100 pontos percentuais sobre as alíquotas atuais, para calibrar o valor retaliado. “Para não prejudicar a indústria nacional, a lista se concentra em produtos de maior valor que não são insumos ou bens de capital, além de itens que o mercado interno ou terceiros mercados conseguem suprir’’, afirmou Lyhta.
O Brasil também poderá aplicar retaliação sobre serviços e propriedade intelectual. A medida, que ainda depende de alteração na legislação nacional, só poderá ser aplicada a volumes acima de US$ 450 milhões.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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