Os estudantes que cursaram medicina fora do país poderão revalidar seus diplomas fazendo um exame padrão. As provas teórica e prática serão montadas a partir de uma matriz curricular, que já foi aceita por 16 universidades públicas.
As regras foram publicadas na quinta-feira, 17, “Diário Oficial da União”. A expectativa do MEC (Ministério da Educação) é que a primeira prova seja aplicada no início do próximo ano.
O novo processo deverá beneficiar entre 4.000 e 5.000 recém-formados, na estimativa do Ministério da Saúde. Hoje, para exercer a medicina no Brasil, é preciso “nacionalizar” o diploma: o estudante formado fora do país precisa procurar uma universidade pública, onde uma banca avalia se a grade curricular do curso é compatível com a que a instituição brasileira oferece.
“O processo hoje é burocrático e longo, uma verdadeira via-crúcis para o estudante. Foi preciso estabelecer regras claras, organizadas”, disse Francisco Campos, secretário de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde.
Segundo ele, atualmente o interessado leva, em média, quatro anos para revalidar o diploma de medicina. Apesar de reduzir o tempo para a revalidação do diploma, o novo processo irá perseguir a qualidade, de acordo com ele. “Deverá, sim, ser uma prova difícil, que exija muito estudo”, destacou.
As regras publicadas pelos ministérios da Saúde e da Educação trazem os conteúdos que serão exigidos dos formados no exterior. A matriz curricular -com as habilidades e competências exigidas para quem quer ser médico no país- foi formada com a ajuda de 16 universidades. “É como um guia de estudo. Fica claro que será cobrado do estudante”, avaliou Ana Estela Haddad, diretora do Departamento de Gestão da Educação na Saúde.
Para participar do exame padrão, os recém-formados terão de se inscrever para a prova, organizada pelo Inep -órgão do MEC-, e precisam ter passado por pelo menos 7.200 horas/aula, que é a carga horária do currículo brasileiro.
O MEC ainda não definiu se o exame único será feito uma ou duas vezes ao ano. “Primeiro, vamos fazer o teste”, finalizou Maria Paula Dallari Bucci, secretária de Educação Superior do ministério.
Formado no exterior vai ter de fazer exame padrão
Redação
Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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