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Fim das sacolas plásticas deve ter pouco impacto no PIM

O futuro das sacolas plásticas parece estar com os dias contados. Depois de serem removidas em algumas cidades brasileiras, a discussão já tramita pelo Legislativo do Amazonas. Contudo, embora a tentativa seja louvável, o item não é o único vilão do meio ambiente.
O presidente da CDL-Manaus (Câmara dos Dirigentes Lojistas de Manaus), Ralph Assayag, conta que já há iniciativas da entidade para reduzir a poluição na capital, principalmente nos igarapés. Porém, quanto à proibição da sacola, diz que a medida ainda está sendo examinada. Para ele, não adianta direcionar ações para extinguir apenas o acessório, sendo que as garrafas PET também são um problema para o meio ambiente.
O gerente da Cira Embalagens, Idemberg Bezerra, afirma que os prejuízos causados pelas sacolas são de apenas 3% no geral. O resto é de responsabilidade das embalagens para refrigerantes, águas, sucos, óleos comestíveis, entre outros.
Embora apenas duas das indústrias termoplásticas associadas na região produzam a mercadoria, o presidente do Simplast (Sindicato das Indústrias Termoplásticas do Amazonas), Carlos Monteiro, diz que a medida reduzirá a produção à zero.
Segundo os responsáveis por uma destas empresas, que preferem não se identificar, como o item responde por mais de 50% da produção da fábrica, haveria um corte de 70% no faturamento e nos empregos gerados.
Nos dados concretos do setor, é provável que 150 funcionários fiquem na ‘berlinda’. Segundo Monteiro, em um universo de 10 mil empregos, o prejuízo pode ser considerado pouco, porém, existem muitos empreendimentos pequenos na região que utilizam a matéria prima como fonte de negócio.

Prazo para adaptação

Conforme o presidente da ACA (Associação do Comércio Amazonense), Gaitano Antonaccio, a instituição ainda não debateu o assunto. Porém, ele fala que é mais fácil que o setor seja prejudicado do que favorecido. Antonaccio destaca que já há lojistas preparados para a mudança, mas é necessário um prazo para adaptação.
O dirigente declara que, apesar de ser uma propositura radical, as indústrias devem sofrer uma reformulação. Mas, diz que é preciso que a população amazonense faça sua parte, reciclando o lixo e que a conscientização deveria ser mais intensificada. “Não é um costume do povo brasileiro”, finalizou.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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