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Ficou fácil publicar livros

Não são poucas as pessoas que gostariam de escrever um livro. Mas não é fácil. Não é fácil escrever, como também não é fácil publicar o livro. Esses problemas, porém, agora são coisa do passado depois que o engenheiro Guilherme Baracchini criou a plataforma EPublik na qual qualquer pessoa pode fazer um livro desde o escrever até deixá-lo pronto para publicação.

O EPublik é uma plataforma online onde autores e escritores podem criar seus próprios livros, revistas e conteúdos afins. Entre os recursos oferecidos pela plataforma estão os modelos de livros e diagramação, banco de imagens licenciadas e layouts prontos para a criação da capa e até mesmo a transcrição de textos narrados através de áudios.

“Se a pessoa tiver uma ideia enquanto dirige, por exemplo, ela pode gravar um áudio na plataforma e a narrativa é transformada em texto automaticamente”, falou. 

“Quem quiser escrever textos em outros idiomas, pode utilizar a plataforma multi-línguas e se o texto for a quatro ou mais mãos, com co-autores, existe a possibilidade de escrita compartilhada. O texto é todo revisado e, depois de pronto, a plataforma ajuda no contato com as comunidades literárias e plataformas de comercialização, caso haja interesse de vendê-lo no mercado”, completou.

Guilherme garante que qualquer pessoa pode produzir seu livro, pois a plataforma oferece opções de diagramação automáticas e vai mostrando os caminhos de acordo com o seu objetivo final.

“Basta simplesmente escolher a melhor formatação para seu tipo de obra e clicar. A capa de um livro é seu cartão de visita. É a primeira coisa que convida o leitor para abrir um livro e iniciar a leitura. É muito rico quando o próprio autor pode participar e definir esse processo que tradicionalmente cabe às editoras”, disse.

Ajuda nas vendas 

Cada projeto de livro ou de qualquer conteúdo como apostilas ou manuais, custa R$ 49, sendo ilimitado o número de páginas.    

“Esse é o valor cobrado para automatizar e focar o processo de produção em um único lugar, de maneira rápida. Normalmente, o preço cobrado por profissionais para os mesmos serviços que oferecemos pode passar das centenas, e muitas vezes dos milhares de reais”, informou.  

Depois de o livro concluído, no computador, o autor receberá um arquivo, já diagramado e pronto, com o formato ideal, para ser enviado para a gráfica fazer a impressão. Mas o apoio ao escritor não para por aí.

“Concluído o livro, diagramado e com capa, ele precisa ser mostrado. Pensando nisso, os usuários da EPublik têm acesso a comunidades literárias associadas à plataforma. Desta forma, é aberto um canal de comunicação entre os autores e pessoas e empresas ligadas ao mercado editorial atuantes na distribuição, venda e divulgação de livros. Estamos lançando um aplicativo onde os livros poderão ser comercializados e lidos, com o preço definido pelos próprios autores e sem qualquer pagamento de royalties para terceiros. A receita é toda dele”, afirmou.  

Cerca de 1,2 milhão de pessoas se formam por ano nas faculdades brasileiras, em todas as carreiras. Todos eles precisam fazer o projeto final do curso e publicar suas monografias. A EPublik é uma facilitadora imensa para esse tipo de publicação, que oferece recursos para agilizar e otimizar o processo de escrita durante o curso.

Democratização da escrita

Guilherme é filho de Fernando e Milla Baracchini, donos da Editora Novo Conceito, responsável pela publicação dos maiores best-sellers no início dos anos 2000.

“Nós recebíamos cerca de 600 manuscritos todo mês, para selecionar no máximo um para publicação. Existe uma demanda enorme de pessoas talentosas que querem escrever seu livro por inúmeras razões: comercial, para guardar memórias de família, para contar a história de uma empresa ou até mesmo por motivações acadêmicas e acabam frustradas pela falta de oportunidade ou condições financeiras”, revelou. 

“Por isso criei a EPublik, com o objetivo de facilitar esse processo, e a plataforma acabou sendo a primeira no que faz. Não existe atualmente no mercado nenhuma outra plataforma de autopublicação sem interferência humana. Buscamos a democratização da escrita facilitando todo esse processo exclusivo, burocrático, caro e demorado do modelo das editoras tradicionais. A plataforma consegue reunir todo o processo de produção, desde a escrita até a escolha da capa, passando pela diagramação, de forma fácil e rápida e o que é melhor, a um baixíssimo custo”, garantiu.

“Temos apenas três meses de operação, e já contamos com cinco mil usuários. As metas para o futuro incluem atingir 50 mil publicações até o final de 2024 e em seguida, através das plataformas multi-línguas, chegar a países como Estados Unidos, China e Índia”, concluiu. 

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Evaldo Ferreira

é repórter do Jornal do Commercio
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