A provável menor oferta de grãos no atacado este ano, devido a problemas climáticos, levou ao fim a queda de preços na segunda prévia do IGP-M, que saiu de -0,07% para 0,22% de dezembro para janeiro.
Segundo o coordenador de Análises Econômicas da FGV (Fundação Getulio Vargas), Salomão Quadros, problemas de seca no Sul do país, e na Argentina, derrubaram projeções nas safras de soja e de milho para este ano. Estes produtos pararam de cair de preço e ajudaram a diminuir a intensidade da deflação no atacado (de -0,38% para -0,04%)de dezembro para janeiro.
“São produtos de peso no atacado” lembrou o especialista. Além disso, com a possibilidade de menor oferta de soja, chegou ao fim a queda de preços no farejo deste produto no atacado (de -4,17% para 4,67%), o que contribuiu ainda mais para a perda de força no recuo de preços atacadistas, 60% do total dos IGPs (Índices Gerais de Preços).
Para Quadros, o fenômeno de grãos mais caros não deve se sustentar por muito tempo. Ele lembrou que, atualmente, os preços de soja e milho são “globais”, ou seja, qualquer notícia sobre menor disponibilidade de oferta tem impacto mundial na inflação destas duas commodities. No entanto, após o mercado realizar seus ajustes com a nova magnitude da oferta, os preços devem parar de subir, na avaliação do especialista.
FGV – Milho e soja mais caros deram fim à deflação no IGP-M
Redação
Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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