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Exportadores cobram ajuda do governo

Embora o ministro da Fazenda, Guido Mantega, já tenha sinalizado com medidas de ajuda ao setor exportador, que vem sofrendo com o real valorizado, elas devem ficar para o próximo ano. Segundo fontes do governo, na última reunião do GAC (Grupo de Acompanhamento da Competitividade), na semana passada, o ministro determinou a criação de um grupo de trabalho formado pelos secretários de Política Econômica, Nelson Barbosa, de Acompanhamento Econômico, Antônio Henrique Silveira, e de Comércio Exterior, do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Welber Barral, para propor “medidas horizontais” que ajudem os exportadores.
Analistas do segmento avaliam que, para este ano, devem sair apenas medidas pontuais para desburocratizar processos, com o “drawback”, pelo qual as empresas têm suspensão de tributos na compra de matéria-prima nacional ou importada para a produção de bens a serem exportados.
Outra linha de atuação poderia vir do Banco Central. Mas também são consideradas medidas pontuais, sem intervenção direta no câmbio, como a permissão para empresas abrirem contas em dólares no Brasil.
Com a recuperação da economia brasileira, a reunião do GAC foi dominada por reclamações de empresários sobre câmbio e exportações. Por isso, Mantega determinou a criação do grupo, que, após reunir sugestões, vai trabalhar nelas com o setor privado.
A primeira reunião de governo deve ocorrer nesta semana. Segundo uma das fontes, a ideia é realizar reuniões preparatórias com empresários somente em janeiro e apresentar as sugestões finais no encontro do GAC em fevereiro.

Créditos tributários

Os analistas ressaltaram, no entanto, que “não deve sair nenhum milagre” para o câmbio. A principal reivindicação do setor privado é a devolução dos créditos tributários de forma mais rápida. Há meses está no Ministério da Fazenda uma proposta do Ministério do Desenvolvimento que propõe a antecipação de parte dos créditos tributários com base no valor exportado no ano anterior. O tema, entretanto, encontra resistências na Receita Federal, preocupada com novas quedas de arrecadação.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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