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Exportações têm resultado negativo

Conforme o levantamento elaborado pela Abicalçados (Associação Brasileira das Indústrias de Calçados), em fevereiro, as exportações caíram 1% em dólares (de US$ 100,3 milhões para US$ 99,3 milhões) e 9,3% em pares (de 11,8 milhões para 10,7 milhões) no comparativo com o mesmo mês do ano passado.
O diretor-executivo da Abicalçados, Heitor Klein, avalia que os dados refletem o comportamento do mercado na segunda temporada de 2012, isto é, com performance negativa. “Esperamos que a partir deste mês (março), quando iniciam os embarques que correspondem à temporada de outono-inverno de 2013 no Hemisfério Norte possamos ter alguma recuperação”, comenta o executivo.
No acumulado dos dois primeiros meses do ano a queda ficou em 0,9% (de US$ 200,2 milhões para US$ 198,4 milhões), porém foi registrado um aumento no número de pares embarcados de 2,3% (de 23 milhões para 23,5 milhões). O valor médio do par embarcado caiu 10,6% no período (de US$ 8,70 para US$ 8,44).
Segundo os dados, os Estados Unidos reassumiram o posto de principal destino do calçado nacional. No primeiro bimestre foram exportados para lá 2,5 milhões de pares, que geraram US$ 32,5 milhões. No comparativo com os primeiros meses de 2012, as quedas ficaram em 10% em dólares e 16,2% em volume. No ano passado, no período correspondente, foram embarcados para lá 3 milhões de pares pelos quais foram pagos US$ 36,1 milhões.

Exportação no exterior

A Argentina, que recentemente determinou o fim da necessidade de licenças não automáticas para importação de calçados, registrou um incremento de 57,8% em dólares (de US$ 10,3 milhões para US$ 16,26 milhões) e 43,6% em volume nas suas compras (de 455 mil para 653 mil) de calçados brasileiros no período.
O terceiro principal destino no bimestre foi a França, com incremento de 2% em receita (de US$ 15,8 milhões para US$ 16,18 milhões) e queda de 3,4% no número de pares (2,36 milhões para 2,28 milhões). A Rússia apareceu no quarto posto, com US$ 16 milhões em importações de calçados brasileiros (incremento de 35,7%). Para lá foram embarcados 727,3 mil pares no período.
A surpresa dos dois primeiros meses foram os Emirados Árabes, que importaram 158,8 mil pares de calçados verde-amarelos que geraram US$ 2,68 milhões, incrementos de 21,4% e 81,3%, respectivamente. Os EAU são considerados mercado-alvo do programa de apoio às exportações Brazilian Footwear, mantido pela Abicalçados em conjunto com a Apex-Brasil.

Importações

Repetindo o movimento dos últimos anos, as importações cresceram nos dois primeiros meses. O incremento foi de 8,6% em dólares e 5,5% em pares. Nos dois primeiros meses de 2013, entrou no Brasil o equivalente a US$ 92,15 milhões (contra US$ 84,8 milhões no ano passado) provenientes de 6,5 milhões de pares (contra 6,2 milhões de 2012). As origens seguem sendo Vietnã (US$ 49,3 milhões em exportações para o Brasil, incremento de 8,8%), Indonésia (US$ 14,9 milhões, queda de 28,8%), China (US$ 10,3 milhões, queda de 9,1%), e Itália (US$ 3,5 milhões, aumento de 114%).
Além do aumento expressivo das importações da Itália no período, chamam atenção as importações de calçados do Camboja, que cresceram 1.470% (de US$ 206,9 mil para US$ 3,25 milhões), e Taiwan, que cresceram 86.550% (de US$ 1,2 mil para 1,03 milhão).
Para Klein, não há expectativa de reversão do crescimento das importações, pelo menos no curto prazo. “Continuamos com o esforço de insistir junto às autoridades pelo aperfeiçoamento dos mecanismos de defesa comercial que permitam conclusões mais efetivas nas investigações de práticas desleais”, conclui.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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