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De passagem pelo planeta vamos encerrando mais um ano para ser esquecido e enterrado com lágrimas de crocodilo. Com 12 milhões de desempregados e 11,8 milhões de analfabetos, um Judiciário desacreditado, corporativista e longe dos anseios do povo e do jurisdicionado, ingressaremos 2018 na esperança de que ao menos haja maior respeito com quem produz e gera emprego, com quem investe e necessita de segurança jurídica. Sem tudo isto, o BC anuncia que a produção crescerá em 2018 entre 2,5% e 3%, a inflação continuará moderada e o PIB crescerá 2,6%. Sobreleva, contudo, a afirmativa de que a perspectiva de investimento produtivo avançará 3%, contando sempre com a baixa dos juros. E, ao final o relatório enfatiza: “A consolidação do crescimento continua a depender da modernização das instituições e dos padrões da gestão pública, da qualidade, enfim, das decisões politicas”. Aí, lamentavelmente reside o perigo. Será que há excesso de credibilidade nas entidades empresariais? Será que o povo brasileiro exigirá que se faça justiça contra os corruptos que humilharam a Nação?

Necessitamos de instituições sólidas que não tenham como meta seu fortalecimento corporativista que vise o aumento de poderes, mas que cumpram suas missões sem excessos. Em todas as democracias estáveis, justas e sólidas prevalece a independência republicana entre todas, eis que cada qual age dentro de suas respectivas competências. O sucesso final virá do cumprimento dos objetivos, onde cada uma terá seu papel como marco de um trabalho em prol da Nação e do povo brasileiro que sente orgulho ao ver os políticos corruptos na cadeia, quer seja no Brasil, quer seja no exterior como acaba de ocorrer com o Marin, ex-presidente da CBF que já está preso. Com prisões e condenações, teremos a esperança de que a impunidade comandada pelo Ministro Gilmar Mendes seja extirpada.

Não podemos aguardar o futuro deitado em berço esplêndido. Devemos dar maior contribuição à democracia, exigindo prévio conhecimento dos programas de cada partido, notadamente com relação ao fulcro das questões econômicas e sociais.

Só assim teremos a evolução do verdadeiro Estado Democrático de Direito que colocará nossa Nação no lugar de onde nunca deveria ter saído: líder na marcha da economia latino-americana. Que venha 2018, pois vontade e competência nunca faltaram ao sofrido povo brasileiro que sempre tivera a coragem de dizer a verdade para os fortes.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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