O jogador de handebol Rafael Capote e o treinador de ginástica Lázaro Lamelas Ramírez, desertores cubanos durante os Jogos Pan-Americanos, no Rio de Janeiro, pediram asilo político no Brasil.
A informação foi confirmada pela Caritas, instituição vinculada à Igreja Católica. Um porta-voz da entidade disse que os dois solicitaram refúgio ao governo brasileiro, que já está seguindo os procedimentos.
Capote, 19, espera sua incorporação à equipe de handebol do São Caetano, onde joga seu compatriota Michel, goleiro do time. Ele disse, em entrevista à rádio CBN, que quer ficar no Brasil “por ter melhores condições de vida do que em Cuba”.
“Perguntaram o que aconteceria se eu voltasse para Cuba. Expliquei que sofreríamos pressão, eu e minha família, além de perdermos todos os privilégios”, disse o jogador.
O Conare (Comitê Nacional para Refugiados), vinculado ao Ministério da Justiça, é o órgão que outorga um refugiado no Brasil. O processo de decisão dura aproximadamente seis meses.
Os Jogos Pan-Americanos, no Rio, tiveram outros dois casos de cubanos desertores. Os boxeadores Guillermo Rigondeaux, bicampeão olímpico na categoria 54 kg, e Erislandy Lara, campeão mundial até 69 kg, foram encontrados pela Polícia Federal brasileira na quinta-feira passada em Araruama, na região dos Lagos do Estado do Rio de Janeiro.
Esportistas cubanos pedem asilo no Brasil
Redação
Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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