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Ermanno Stradelli, o filho da cobra grande

Depois da exposição “A Amazônia de Ermanno Stradelli: rio, povos e lendas sob o olhar de um explorador italiano”, composta por um conjunto de 62 fotografias feitas por Stradelli durante as viagens de exploração nos rios e florestas da Amazônia, entre 1879 e 1900, e de documentos históricos (mapas geográficos, cartas, relatos de viagens, manuscritos e revistas), pertencentes ao acervo da Sociedade Geográfica Italiana, que ficou no Centro Cultural Palácio Rio Negro de 21 de junho até 25 de agosto passado, agora é a vez de os manauaras conhecerem a vida desse italiano aventureiro, por meio do documentário “Ermanno Stradelli, o filho da cobra grande”, do italiano Andrea Palladino, que será exibido na segunda-feira (7), no Cine Teatro Guarany.
Quem está trazendo o filme até Manaus é o NAVI (Núcleo de Antropologia Visual da Ufam), em parceria com o Instituto Italiano de Cultura de São Paulo e o apoio da SEC (Secretaria de Estado de Cultura). “Trata-se de um documentário muito importante, pois nos mostra uma personalidade pouco conhecida na Amazônia”, falou a professora Selda Vale da Costa, coordenadora do NAVI.
“Diria que o legado mais importante deixado por Stradelli para a Amazônia foram as suas traduções de lendas e mitos, como a do Jurupari, para o italiano, divulgando na Europa o rico acervo etnográfico da Amazônia, além de mapas e fotografias”, falou o historiador e presidente do IGHA (Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas) Antonio Loureiro.
“Ermano Stradelli, o filho da cobra grande”, dirigido, roteirizado e fotografado por Andrea Palladino tem a duração de 52 minutos. É todo narrado por Stradelli (Paulo “Mamulengo” de Tarso) que conta a sua história para Nininha (Daiana da Silva Neto), uma menina de 12 anos de idade, enquanto aguarda seu fim, consumido pela hanseníase, no leprosário do Umirisal, existente em Manaus e para onde eram levados e execrados todos os portadores da efermidade.

Uma cópia em Manaus

Documentário tem a trilha sonora de Gianluca Peretti, produção executiva de Astrid Lima, pesquisa iconográfica de Vera Lúcia Ferreira e os atores são todos amazonenses. Foi filmado em 2006, em Manaus, com patrocínio científico da Società Geografica Italiana e o apoio da Amazonas Film Commission, da Emilia Romagna Film Commission e do Instituto Italiano de Cultura de São Paulo. Sua estreia no Brasil aconteceu em São Paulo, em 11 de abril passado, durante o evento “A Amazônia de Ermanno Stradelli”, organizado pelo Instituto Italiano di Cultura, no Memorial da América Latina.
“Desde 2007 estamos aguardando esse documentário. Inclusive o professor Narciso Lobo, já falecido, ajudou na edição quando esteve na Itália. Agora, após a tão esperada exibição, ficaremos com uma cópia no NAVI”, contou Selda Costa.
Após a exibição do documentário em Manaus, haverá debates com o escritor e dramaturgo Marcio Souza, encenador da peça “Jurupari, a guerra dos sexos”, no TESC; de Antonio Loureiro; além de Paulo “Mamulengo” de Tarso.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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