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Energia solar abre mercado no interior

A energia solar tornou-se uma real alternativa para desenvolvimento sustentável nas comunidades ribeirinhas localizadas na RDS (Reserva de Desenvolvimento Sustentável) do rio Negro, no Amazonas. Com uma perspectiva de negócio girando em torno R$ 2,5 bilhões, empresas e governos estimulam o mercado lançando projetos alternativos para levar energia limpa e contínua às regiões isoladas pelos rios na região.
Com foco na energia limpa e contínua a empresa Schneider Electric, especialista global em gestão de energia, em parceria com a FAS (Fundação Amazonas Sustentável), governo do Amazonas, Eletrobras, Conin e Senai-AM, leva energia elétrica por 24 horas, por meio de energia solar, para as populações ribeirinhas. Engajados no PBF (Projeto Bolsa Floresta), com reserva de investimento inicial acumulada em R$ 40 milhões aportados em 2007, pelo governo do Amazonas e Banco Bradesco, da parceria surge a FAS (Fundação Amazonas Sustentável). Ainda, através da comercialização de produtos, como o Cartão de Crédito Bradesco/FAS nas versões Nacional, Internacional e Gold e mais o Título de Capitalização Pé Quente FAS, o Bradesco usando da expertise, colabora com R$ 11,6 milhões anuais para os investimentos do Bolsa Floresta Social e para a manutenção parcial dos Núcleos de Conservação e da própria FAS. Em 2011, liberou investimentos ao PBF de R$ 9.887,772, sendo distribuídos em quatro categorias: Familiar, com R$ 4.356.050, Renda, R$ 2.662.843, Social, R$ 2.398.292, e Associação, R$ 470.587. Foram beneficiadas 34.855 pessoas distribuídas em 7.989 famílias com perspectiva para chegar respectivamente às 40 mil pessoas entre 10 mil famílias beneficiadas em 2012.
O projeto piloto atende às comunidades do Tumbira e Santa Helena do Inglês, situadas dentro da RDS, com acesso somente pelo rio Negro, com duração média de 1h30 de lancha de Manaus. O projeto leva o nome de VillaSmart, focado na energia solar, uma fonte limpa que chega a lugares remotos, onde a rede elétrica convencional não alcança, ou sua implantação seria inviável, pois precisaria desmatar grande quantidade de terra para esta instalação.
“O projeto levou em consideração a realidade do local e a necessidade do baixo custo de implantação para que pudesse ser replicado em outras comunidades pequenas, que representa a realidade da maioria da população ribeirinha”, segundo a presidente da Schneider Electric do Brasil, Tânia Cosentino.
O projeto possibilitou que o custo para viabilização da eletricidade na região caísse pela metade e gerasse seis vezes mais energia para a comunidade, logo após a instalação dos painéis de captação de energia solar. O VillaSmart também ampliará a oferta de mão de obra na região, pois a instalação é concebida para ser instalada pelos próprios moradores, já capacitados pelo Senai para fazer este tipo de serviço.
Antes da implementação do projeto, as comunidades tinham acesso à energia elétrica, por apenas quatro horas diárias. Para que as comunidades possam ser abastecidas com energia 24 horas por dia, a Schneider Electric instalou painéis que captam a luz solar e transformam em energia elétrica. O excedente é armazenado em baterias.
Estima-se que o consumo de combustível nos períodos secos seja 80% menor, pois o gerador somente fica ligado em um curto espaço de tempo para carregar as baterias. Somente em períodos de chuvas, as comunidades irão utilizar o gerador, também redimensionado para consumir menos diesel.
Outro benefício é o próprio desenvolvimento da comunidade, que é possível em decorrência do fornecimento permanente de eletricidade seja nas escolas locais, no armazenamento do pescado que é vendido em outras regiões, ou nas pequenas mercearias ao armazenarem seus produtos. Além da economia financeira na produção de energia, os moradores também poupam os custos com compra e transporte de gelo.

Solução sustentável

Hoje, o VillaSmart deixou de ser projeto e se tornou uma solução do portfólio da Schneider Electric para eletrificação de locais isolados com ou sem conexão à rede tradicional, já que não depende de licenciamento ambiental, reduz a queima de combustíveis fósseis e pode ser facilmente transportada e instalada graças ao design da solução. No caso do Amazonas, a primeira turma de comunitários treinados garante a instalação da solução, gerando uma nova opção de renda local.
“Esse projeto é o primeiro passo para chegarmos a uma solução ideal para um problema histórico nas comunidades ribeirinhas do Amazonas: o fornecimento de energia nas áreas isoladas” afirmou o superintendente geral da FAS, Virgílio Viana.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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