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Embarque por Paranaguá deve crescer 30%

Operadores portuários não têm dúvida de que o fim das restrições de navegação no Canal da Galheta – que dá acesso aos portos paranaenses – trará ganhos em competitividade ao Porto de Paranaguá, principalmente, em relação às operações com granéis sólidos. O volume de embarques de soja, por exemplo, deve crescer cerca de 30% em relação ao total embarcado este ano, quando já houve um aumento de 20%, no acumulado de janeiro a outubro em comparação ao mesmo período de 2008.
A estimativa de crescimento nos embarques de soja é do gerente-geral da Companhia Brasileira de Logística S/A (uma das principais exportadores de grãos por Paranaguá), Washington Viana, e leva mais em consideração a melhoria na parte de navegação do que propriamente a expectativa de aumento de 40% na safra de grãos no próximo ano.
Para Viana, a iniciativa da Capitania dos Portos do Paraná, que liberou a navegação de embarcações de até 12,50 metros de calado, na última semana, irá repercutir de forma positiva na contratação de navios para o ano que vem. “O reflexo imediato dessa medida será a inversão de prêmios em Paranaguá em relação a Santos”, apontou.
Os “prêmios” a que Viana se refere são bonificações nos fretes marítimos estipulados pelos armadores (proprietários dos navios) que, ao dar os descontos, levam em consideração, entre outros fatores, as facilidades que o porto oferece em termos de infraestrutura e logística.
Para o executivo, o Porto de Paranaguá, indiscutivelmente, é mais eficiente e tem uma logística mais estruturada em comparação ao Porto de Santos, inclusive, na parte de recepção de cargas pelos modais rodoviário e ferroviário. “A combinação de eficiência e operacionalidade do Porto de Paranaguá se soma à parte estrutural e, agora, também, à parte de navegação”, destacou Viana projetando retorno à Paranaguá de cargas desviadas para o Porto de Santos.
O superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Daniel Lúcio Oliveira de Souza, calcula que o aumento em volume nas operações com granéis sólidos de um modo geral (grãos e fertilizantes) seja em torno de 20%. Ele explicou que, com a restrição em 11,30 metros no calado para navegação no Canal da Galheta, os navios graneleiros não podiam entrar ou sair do Porto de Paranaguá carregados em sua capacidade plena. “Em média, para cada pé de restrição, deixa-se de carregar 2 mil toneladas”, acrescentou. Os navios do tipo Panamax, por exemplo, que têm capacidade superior a 50 mil toneladas, poderão aumentar em 10% o volume de carga embarcada.
Na quinta-feira, 5, o capitão dos Portos do Paraná, capitão de mar-e-guerra Marcos Antonio Nóbrega Rios, assinou a Portaria nº 80, restabelecendo em 12,50 metros o calado dos navios que acessam os portos de Paranaguá e Antonina pelo Canal da Galheta. Ao revogar uma portaria anterior – que havia restringido em 11,30 metros o calado para navegação – o comandante se antecipou ao parecer do CHM (Centro de Hidrografia Marinha) sobre os resultados da dragagem emergencial que devolveu ao Canal da Galheta os 15 metros de profundidade.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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