Embora a coligação “Melhor para Manaus” negue e se justifique em nome de todos os santos do Universo, é impossível não suspeitar da generosidade do governo do Estado em abrir comportas e torneiras do Proama (Programa Água para Manaus) para distribuir água gratuitamente à população das áreas mais atingidas da capital pelo desabastecimento do precioso líquido.
A distribuição gratuita, alardeada de forma bastante enfática durante o programa radiofônico do senador Eduardo Braga (PMDB) na manhã do último sábado (1º/9), foi explicada pelo governador Omar Aziz como uma resposta à omissão da empresa Manaus Ambiental com relação à questão. No entanto, a decisão, surpreendente e ousada em período de eleições municipais, dá o que pensar.
À parte as boas intenções do governador diante do drama sobretudo da população da zona leste, o ato obriga à reflexão e provoca a Justiça Eleitoral. Afinal, se governo do Estado e Prefeitura de Manaus houvessem dado praticidade ao acordo firmado entre o ex-governador Eduardo Braga e o ex-prefeito Serafim Corrêa antes do processo eleitoral de 2008, o problema teria sido definitivamente solucionado.
A repactuação autorizou o Proama, sobre o qual Omar Aziz, no governo do Estado, e Amazonino Mendes na prefeitura, se desentenderam completamente, arrastando o problema para 2012. Não para acreditar agora que os caminhões-pipas farão jorrar apenas água na zona leste. Não dá para dissociar as coisas. A intenção do governo é louvável e merece aplausos, mas o momento é polêmico, suscita reflexão.
Editorial: As torneiras do Proama jorrarão apenas água na zona leste de Manaus?
Redação
Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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