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Dólar fecha a R$ 1,73, em queda de 0,24%, influenciada por tensão na UE

O temor de que outras economias europeias necessitem de ajuda financeira ainda predomina nos mercados, e praticamente eclipsou a influência das poucas notícias positivas desta semana.
O fechamento do pacote de ajuda à Irlanda, que foi orçado em 85 bilhões de euros (cerca de US$ 115 bilhões), bem como o crescimento das vendas do varejo americano na “Black Friday” (em relação ao mesmo período em 2009) parece ter influenciado muito poucos os negócios de hoje.
Enquanto as Bolsas de Valores cederam, a moeda europeia cedeu novamente para seu menor preço em mais de dois meses, ao atingir US$ 1.31 no decorrer deste expediente, num sinal da “pouca fé” dos agentes financeiros na situação europeia.
Depois da Grécia e da Irlanda, muitos acreditam que Portugal e Espanha, países com graves deficits públicos, também vão demandar operações de resgate do bloco econômico, na medida em que tiverem dificuldades para refinanciar seus compromissos financeiros no mercado. Como nesta semana está prevista uma concentração de vencimentos, o “sinal amarelo” dos mercados acendeu.
Na cena doméstica, a taxa de câmbio variou entre a cotação máxima de R$ 1,735 e a mínima de R$ 1,723, para finalizar a rodada em R$ 1,724. Esse valor representa uma queda de 0,24% sobre o fechamento de sexta.
Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi negociado por R$ 1,830 para venda e por R$ 1,670 para compra.
O Banco Central realizou um leilão “tardio” para compra de dólares, após as 16h (hora de Brasília), e aceitou ofertas por R$ 1,723 (taxa de corte).
Entre as principais notícias do dia, o boletim Focus, do Banco Central, mostrou que a maioria dos economistas do setor financeiro voltou a elevar suas projeções para a inflação deste ano -o IPCA projetado foi de 5,58% para 5,72%. Para 2011, foi de 5,15% para 5,20%. Esses especialistas mantiveram suas projeções para a taxa de câmbio deste ano (R$ 1,70) e para a taxa Selic (10,75% ao ano).
A FGV (Fundação Getúlio Vargas) apontou uma inflação de 1,45% em novembro, pela leitura do IGP-M, ante 1,01% em outubro. A taxa ficou acima das projeções de uma parcela do mercado (1,4%). No ano, a variação foi de 10,56%, enquanto nos últimos 12 meses foi de 10,27%.
O BC ainda informou ontem que a taxa média de juros do setor bancário aumentou de 35,1% para 35,4% entre setembro e outubro. E que o valor total do crédito na economia chegou a R$ 1,65 trilhão no mês passado, o que representa 47,2% do PIB. Os números são recordes.

Juros futuros

No mercado futuro de juros, que serve de referência para o custo dos empréstimos nos bancos, as taxas projetadas avançaram contratos de prazo mais longo.
Embora boa parte dos economistas do setor financeiro avalie que um possível ajuste na taxa básica de juros (Selic) somente aconteça a partir do primeiro trimestre do ano que vem (provavelmente, ainda em janeiro), já surgem opiniões demandando mais pressa da autoridade monetária.
Em seu relatório diário, a equipe da Gradual Investimentos defende um aumento de 0,25 ponto percentual para a reunião do Copom na semana que vem. “A última reunião do colegiado do BC em dezembro tinha tudo para ser apenas mais uma largada no calendário, mas as pressões inflacionárias recentes -somadas à deterioração explícita das expectativas -irá forçar o Copom a iniciar a alta dos juros ainda em 2010”, avalia o economista André Perfeito.
No contrato para julho de 2011, a taxa projetada recuou de 11,63% ao ano para 11,60%; para janeiro de 2012, a taxa prevista subiu de 12,04% para 12,05%. E no contrato para janeiro de 2013, a taxa projetada passou de 12,27% para 12,34%. Esses números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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