O dólar comercial foi negociado a R$ 1,815 para venda, estável sobre a cotação final de ontem, nos últimos negócios de ontem. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado a R$ 1,940 (venda), um acréscimo de 0,51%.
A taxa de risco-país marca 164 pontos, número 3,1% superior à pontuação final de anteontem.
O mercado voltou a ficar nervoso nos negócios de ontem, refletindo a disparada dos preços do petróleo, que subiram do nível recorde de US$ 86 para US$ 88 o barril (WTI). Também contribuiu para o mau humor dos investidores o discurso do presidente do Federal Reserve (banco central dos EUA), Ben Bernanke, advertindo que a recuperação da crise financeira de agosto vai demandar tempo.
O Banco Central fez seu sexto leilão de compra de dólares,desde a retomada dessas operações na semana passada. A autoridade monetária adquiriu divisas a R$ 1,8227 (taxa de corte). O órgão não informa a quantia total adquirida, mas corretores afirmam que o Banco Central tem comprado entre US$ 50 milhões e US$ 150 milhões.
O mercado futuro de juros, que baliza as tesourarias dos bancos, ajustou para cima. O contrato de janeiro de 2008 apontou taxa de 11,05% ante 11,04% anterior. No contrato de janeiro de 2009, a taxa projetada passou de 11,20% para 11,21%. E no contrato de janeiro de 2010, a taxa projetada avançou de 11,22% para 11,27%.
Entre as principais notícias do dia, o IGP-10 (Índice Geral de Preços 10) teve alta de 1,07% em outubro -queda em relação a setembro, quando houve alta de 1,47%. Alguns analistas de mercado projetavam alta de 1,05%.
E o IPC-S subiu 0,37% na semana encerrada no último dia 15, contra 0,34% na semana imediatamente anterior. Economistas de bancos e corretoras estimavam variação de 0,35%.
Tensão da cena externa
A Bovespa (Bolsa de Va-lores de São Paulo) fechou o pregão em queda, com o mau humor dos investidores lá fora e a ansiedade pelo resultado da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária).
O Ibovespa, que acompanha as ações mais negociadas, recuou 1,99%, aos 61.717 pontos. O volume financeiro foi de R$ 5,29 bilhões.
Profissionais de mercado citaram pelo menos duas notícias que elevaram a temperatura dos negócios: a disparada dos preços do petróleo e o discurso do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke.
Internamente, o investidor brasileiro tinha ainda mais razões para ansiedade. O mer-cado está dividido, como há muito tempo não se via, sobre o resultado da reunião do Copom, que anuncia hoje a nova taxa básica de juros.