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Dieese aponta que 96% das negociações garantem perdas da inflação em 2007

Das 715 negociações salariais realizadas em 2007, 96% asseguraram, no mínimo, a incorporação das perdas ocorridas com a inflação -medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor)- do ano anterior. Trata-se do quarto ano consecutivo em que mais de 70% das negociações conseguem repor o poder aquisitivo, segundo pesquisa divulgada pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). De acordo com o estudo do SAS (Sistema de Acompanhamento de Salários), o número de acordos que conquistaram aumento real de salários -627, o equivalente a 88% do total- é o melhor resultado de toda a série, iniciada em 1996.
O levantamento apurou ainda reajuste igual ao INPC em 59 negociações (8,3% do total), e variação inferior à inflação em 29 delas (4%). “Esses resultados favoráveis decorrem da configuração de um ambiente propício à negociação coletiva, dado pela estabilidade inflacionária, pelo crescimento econômico e pela queda nas taxas de desemprego, além da ação sindical”, aponta o estudo.
Apesar do desempenho positivo, o tamanho dos ganhos reais reduziram-se em comparação ao ano anterior. Em 2006, 70% dos reajustes apresentaram aumento real que superavam em mais de 1% o INPC, ante 60% no ano passado. Também houve queda em relação à proporção de reajustes que superaram 3% de aumento, de 14% para 6%.
Por categorias profissionais, o setor industrial foi o que fechou o maior número de acordos acima do INPC: 94%, ante 90% em 2006. O comércio aparece em seguida, com 85% (em 2006 foi de 91%), e o setor de serviços, 81%. Segundo José Silvestre Prado de Oliveira, supervisor do Dieese, os segmentos ligados ao mercado doméstico foram beneficiados em 2007, em especial, a indústria. A indústria foi o carro-chefe da economia em 2007, com crescimento mais consistente e puxado pelo mercado doméstico.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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