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DIEESE – 13º deve injetar R$ 1,73 bilhão no AM

A economia amazonense conta com reforço de R$ 1,73 bilhão referente ao 13º salário até o final do ano. Esse montante equivale a 1,1% do total do Brasil e 22,7% da Região Norte. Além de representar 2,1% do PIB estadual, cresceu cerca de 10,6% em relação à estimativa para ano de 2013 realizada pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
De acordo com o Supervisor Técnico do Escritório Regional do Dieese. no Amazonas, Inaldo Seixas Cruz, quase 70% dos valores que vão ser pagos em forma de 13º, no Estado, se concentram no mercado formal de trabalho, entre assalariados dos setores público e privado e empregados domésticos com carteira, que representam em termos de números de pessoas 68,5% e 1,4% respectivamente. “Em linhas gerais esse é o panorama é um pouco a radiografia do impacto do 13º salário na economia amazonense. São dados alentadores que possibilitam um final de ano de bom trabalho”, avaliou.
Segundo Seixas o que chama a atenção nesse estudo é o caso de aposentados fica com 20,2% do total e principalmente o caso do regime próprio do Estado, que registrou um acréscimo de 61,3%. “Um aumento bastante significativo que chama atenção”, observou. Enquanto outros setores tiveram resultados entre 7,9% e 11,9% dos valores, em relação à 2013, os valores pagos aos aposentados do regime próprio do Estado do Amazonas, passam de R$ 57 milhões para R$ 93 milhões, aproximadamente, isso representa um aumento de 61,3%, aponta o estudo.
Em relação aos valores que cada segmento deverá receber, os empregados formalizados ficam com R$ 1.38 bilhão o que representa 79,8%, com variação em relação ao ano anterior de 7,9% e os beneficiários do INSS com R$ 254 milhões, 14,7% e resultado de 11,9% superior ao observado em 2013, enquanto R$ 93 milhões serão distribuídos aos aposentados e pensionistas do estado do regime próprio o que corresponde a 5,4%.
Na avaliação de Seixas 30% desse dos R$ 1,73 bilhão já foi injetado na economia amazonense. Parte pelos aposentados na metade do ano e outra parte pelos trabalhadores assalariados que receberam antecipadamente. “A cada ano as empresas vem distribuindo mais durante o ano, em duas ou três parcelas ou até mesmo há casos das empresas que distribuem mês a mês”, disse. Mas, segundo ele o grosso desse valor, cerca de 70% aproximadamente, será distribuído nos dois últimos meses de 2014.
Seixas disse ser tarefa difícil identificar como os beneficiados pela renda extra, irão gastar, mas acredita que a divisão por classe seja determinante e garante que o reflexo na economia será positivo. “É muito difícil dizer como é que cada consumidor, cada família ou as classes gastam. Temos alguma indicação de que o comportamento é diferente dependendo da classe onde o trabalhador está inserido”, frisou.
Para Seixas se o trabalhador ganha de um a três salários mínimos tem um comportamento diferente do que ganha acima de dez salários mínimos. “Até porque o tamanho da renda frente a expectativa de consumo é diferente”, observou. Ele lembra que existem consumidores que vão aproveitar essa renda extra para quitar dívidas, outros vão reservar uma parte para gastos natalinos como presentes para família e um consumo diferenciado do habitual e aqueles mais precavidos que reservam uma boa parte do 13º para fazer frente aos aumentos de despesas que se repetem no começo do ano, por exemplo, reajuste na matrícula escolar, no plano de saúde e, também pagar os compromissos fixos típicos dos dois primeiros meses do ano, entre eles o IPTU, material escolar.

Panorama nacional
Dos 84,7 milhões de brasileiros que devem ser beneficiados pelo pagamento do 13º salário, aproximadamente 32,7 milhões, ou 38,6% do total, são aposentados ou pensionistas da Previdência Social. Os empregados formais são 52 milhões que correspondem a 61,4% do total. Entre estes, os empregados domésticos com carteira de trabalho assinada somam 2,1 milhões equivalendo a 2,5% do conjunto de beneficiários do abono natalino.
Além desses, em torno de 975 mil pessoas ou 1,2% do total referem-se aos aposentados e beneficiários de pensão da União em Regime Próprio. Há ainda um conjunto de pessoas constituído por aposentados e pensionistas dos estados e municípios, regime próprio, que vai receber o 13º e que não puderam ser quantificados, revela o estudo do Dieese.
Do montante a ser pago a título de 13º, em torno de 20% dos R$ 158 bilhões, ou seja, perto de R$ 31,2 bilhões, serão pagos aos beneficiários do INSS. Outros R$ 111,5 bilhões, ou 71% do total, irão para os empregados formalizados; incluindo os empregados domésticos. Aos aposentados e pensionistas da União, caberá o equivalente a R$ 7,6 bilhões (4,8%), aos aposentados e pensionistas dos Estados, R$ 6,1 bilhões (3,9%).
O número de pessoas que receberá o 13º em 2014 estima-se em 2,39 milhões.Quando o Dieese estimou que cerca de R$ 143 bilhões entrariam na economia em consequência do pagamento do 13º, o valor apurado neste ano indica um crescimento da ordem de 10,1%.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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