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Dicionário da Religiosidade Popular

Dia 2 foi comemorado o Dia de Iemanjá, também conhecida como Rainha do Mar. O orixá africano faz parte da religião do candomblé e de outras religiões afro-brasileiras. Para se aprofundar nesta religião, a editora Nossa Cultura apresenta o primeiro Dicionário da Religiosidade Popular, que tem todas as características de um ‘abecedário’, no sentido humanista.
Durante quarenta anos, o autor Francisco van der Poel (conhecido como Frei Chico) reuniu e organizou em verbetes uma grande variedade de informações sobre a vida e a experiência religiosa do povo brasileiro. Buscou a coerência de suas culturas e não tanto a lógica total e racionalista. Tanto recorreu às ciências e às artes, quanto procurou estar presente onde as coisas acontecem. Pesquisou também arquivos no Brasil e em Portugal.
Na análise da relação entre cultura e religião, alguns temas são constantes: as raízes indígenas; a memória da escravidão e da mãe África; a forte influência lusa; a brasilidade mestiça; a dialética entre o oficial e o popular, hoje e no passado; migração e urbanização; a situação socioeconômica; a mídia; a união na diversidade; a comunidade de base; instituições religiosas e a fé viva do povo. Assim, diferente de outros, este não é um dicionário de folclore no sentido que não enfoca apenas o tradicional, mas a múltipla experiência religiosa do povo brasileiro no passado e no presente.
Foi privilegiada a fala do povo através dos seus representantes: o mestre da folia, a rezadeira, o capitão do congado, a mãe de santo, o cordelista e tantos outros. Suas histórias, depoimentos, provérbios, cantos e orações estão impressos em itálico, destacando assim a parte mais importante do Dicionário.
Na religiosidade popular, aparecem assuntos tais como a espinhela caída, simpatias para curar, transe, visagens, que não cabem nas teorias oficiais e, neste Dicionário, há uma preocupação essencial: compreendê-los, sem recorrer a explicações como as da parapsicologia.

Sobre o Autor
Francisco van der Poel, franciscano, membro do corpo docente do Instituto Jung, em Belo Horizonte (MG); do Conselho do Centro da Memória da Medicina, na UFMG; do corpo docente do Instituto Santo Tomás de Aquino, de teologia; da Comissão Mineira do Folclore; do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais; da Ordem dos Músicos do Brasil; formado em Teologia, na Holanda; licenciado em Filosofia, em São João del Rei (MG); publicou seis livros; é palhaço do Teatro Terceira Margem, em Belo Horizonte.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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