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Dia Internacional da Felicidade

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No dia 20 de março foi comemorado o Dia Internacional da Felicidade e achei interessante trazer o tema para minha coluna de hoje. Como seria bom poder prorrogar por mais um dia a nossa felicidade!

A criação do Dia Internacional da Felicidade foi proposta e aprovada em 2012 e passou a ser comemorado a partir de 2013 dentro do calendário oficial da ONU.

O que gostaria de trazer é uma reflexão sobre como nossos comportamentos estão relacionados ao tema, como eles são influenciados e o quanto influenciam no nosso dia a dia, em busca de algo que para muitos pode ser simples, e para outros parece ser tão complicado.

Neste sentido, um dos pontos mais importantes a ser destacado não diz respeito ao conceito do que é, mas sim, ao que cada um considera como um “momento” de felicidade. Pode até se discutir sobre o grau, o nível, ou o tamanho da felicidade de cada pessoa, porém entendo que o que realmente interessa é o que há de comum em todas as avaliações, que é a certeza de que este sentimento faz muito, muito bem, a todos que o experimenta.

Nos últimos tempos temos observado, e principalmente sentido, que o Brasil está menos feliz. No relatório sobre Felicidade Mundial que tem apoio da ONU, nosso país ocupa a 32ª posição num ranking com 156 países, em que se avalia a qualidade de vida das pessoas através de medidas de bem-estar subjetivas, bem como indicadores objetivos como níveis de educação, expectativa de vida, entre outros. Não parece tão ruim a posição 32a se considerarmos o total de 156 países, porém há dois anos atrás estávamos na posição 22. E nesse cenário a pergunta que fica para mim é a seguinte: O que “eu” posso fazer para ser feliz?

E aqui mais uma vez é preciso ressaltar que apesar de todas as circunstâncias, ambiente e dificuldades externas, fica cada vez mais claro que cada um de nós é responsável por sua própria felicidade, algo conhecido como “locus” de controle interno.  Ainda que alguém ganhe um ótimo presente de aniversário, ouça uma declaração de amor ou receba uma promoção no trabalho, que são situações que deixaria muitas pessoas felizes, ainda assim, depende única e exclusivamente de cada um “sentir”. Portanto, não é algo que possa ser dado, nem tampouco comprado por alguém. É algo que está dentro de você e não fora.

Algumas pessoas dizem que não estão felizes por causa do trabalho, outras pelos estudos, que não estão felizes por seu esposo (a), por um problema no carro, ou por não ter um carro. Não estão felizes porque estão desempregados, estão às vezes longe da família, ou porque não tem uma casa ou toda a riqueza que gostariam. Vale lembrar novamente que nada disso está dentro de você. Problemas e dificuldades sempre vão existir, se entristecer pode ser inevitável, mas você pode passar por esses momentos.

Recentemente estava num daqueles dias que a gente espera que nunca mais se repitam. Cheguei de viagem na madrugada, dormi mal, acordei cedo para uma entrevista que atrasou e comprometeu toda minha agenda. Cheguei atrasada em um cliente, tive que cancelar uma reunião e nem tive tempo de almoçar. Pra piorar o pneu do carro furou e, é claro, estava chovendo. Estava me sentindo muito cansada, com sono, com fome, estressada, prestes a “explodir”, e quando chego em caso e abro a porta, encontro meu filho, que me olha, sorri, corre pra me abraçar, me dá um beijo e diz assim: Mãe, estava só esperando você pra gente brincar! Naquele instante eu também sorri, senti a felicidade tomar conta de mim e passei a noite brincando com meu filho.

Por isso, não procure nas coisas grandes, mas sim nas pequenas. Não procure em lugares distantes, mas perto. Não procure em momentos futuros, procure no agora. Não espere o extraordinário, veja o simples e você poderá encontrar toda a felicidade.

Vou utilizar um formato bastante conhecido do coaching para apresentar um caminho que pode ser seguido, que é a tríade do sucesso: Ser, Fazer e Ter.

Ser você mesmo: o primeiro passo a ser dado é o do autoconhecimento. Quanto mais nos conhecemos, mais entendemos aquilo que nos agrada, reconhecemos a influência que nosso trabalho, professores, clientes, fornecedores, amigos, parentes e família exercem sobre nós, e como gera sentimentos distintos. Por isso a importância de saber lidar com esses sentimentos é fundamental. Assim como você sofre influência também influenciará cada um deles. Por isso seja educado, responsável, compreensivo, humilde, amável e otimista para tornar suas relações mais saudáveis.

Fazer o bem: uma vez que se conheça melhor você pode começar a agir e fazer a diferença na vida das pessoas. A ciência mostra que existem fortes ligações entre a felicidade e ajudar aos outros, pois ajudar aumenta os níveis de satisfação, de humor e reduz o estresse. Também cria uma conexão com outras pessoas e atende a uma necessidade humana de se relacionar. Além disso, quando vemos um ato de gentileza nos impulsiona a retribuir o gesto, mesmo que seja com outra pessoa. E todos podem fazer o bem conjugando verbos como sorrir, ajudar, ensinar, aprender, respeitar, ouvir, falar, agradecer, perdoar e amar.

Ter felicidade: desfrutar do sentimento de bem-estar, de paz, de euforia, de relaxamento, de realização, de conquista ou qualquer outra classificação que queira dar. Quando tiver, aproveite, comemore, compartilhe e agradeça. Pois ela não é permanente, ela é esporádica. E quanto mais vezes você sentir, ainda que por pouco tempo, mais ficará atento para sentir a felicidade novamente, não como um momento, mas como um estilo de vida de satisfação.

Se tiver alguma dificuldade para desenvolver o seu autoconhecimento recomendo que procure participar de palestras, cursos, formações ou mesmo que procure profissionais especializados que possam lhe auxiliar a se conhecer melhor.

Não deixe para ser feliz apenas quando achar que tudo está perfeito. Como dizia o físico Stephen Hawking: “Sem imperfeição, você e eu não existiríamos”.

Desejo que você encontre a felicidade hoje! E amanhã faça o mesmo.

*Cintia Lima é psicóloga, master coach e mentora organizacional – [email protected] – 92 981004470

 

Cíntia Lima

é Psicóloga, Master Coach e Mentora Organizacional [email protected] - 92 981004470
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