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Desafio de ampliar crédito a pequenos

A partir da análise da evolução e conquistas do cooperativismo de crédito no país, representantes do Sebrae, BC e Bancoob (Banco Central, Banco Cooperativo do Brasil) e Sicredi (Sistema de Crédito Cooperativo) apontaram os próximos passos para aprofundar as vantagens competitivas do setor, no Seminário de Lideranças de Cooperativas de Crédito para Pessoa Jurídica, ocorrido esta semana.
Durante o evento, o diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, destacou que o cenário é bastante positivo. Entre as micros e pequenas empresas, o acesso a cooperativas de crédito supera a busca por serviços em outras instituições financeiras, como os bancos. Entre 2012 e 2013, o aumento das operações via cooperativa de crédito foi de 23,8%, contra 5,7% de crescimento nas demais organizações. E somente nas 185 cooperativas participantes do projeto Fomento a Boas Práticas entre Cooperativas de Crédito, conduzido pelo Sebrae, o aumento foi ainda maior: 28,9%, segundo dados do Banco Central.
“Isso mostra que estamos trilhando um bom caminho. Mas, para darmos continuidade aos resultados e aprofundar as vantagens competitivas do setor, precisamos ampliar a gama de produtos e serviços financeiros para os pequenos negócios, buscando o atendimento diferenciado”, ressaltou o diretor-técnico.
Enquanto as cooperativas de crédito discutiam questões de regulação ainda em 2002, os bancos já apresentavam novas soluções tecnológicas, lembrou o diretor-presidente do Bancoob, Marco Aurélio Almada. “Nossa experiência era com pessoa física. Então, precisamos nos apressar para adequar o atendimento à pessoa jurídica, apresentando soluções financeiras e linhas de crédito específicas para cada necessidade”, explicou. Hoje, o Bancoob oferece os mesmos canais de atendimento dos bancos e permite que as transações possam ser feitas via internet ou internet banking, por exemplo. Atualmente, 49% da carteira de crédito do Bancoob são voltados para pessoa jurídica, sendo que o banco cooperativo empresta R$ 10 bilhões para o segmento.
Muito além de oferecer produtos é preciso manter a qualidade do atendimento, segundo o diretor-executivo de Produtos e Serviços do banco cooperativo Sicred, Edson Nassar. “Nosso diferencial no atendimento é oferecer uma plataforma completa, linhas de crédito específicas e estar de olho sempre nas tendências para oferecer produtos novos que realmente atendam aos pequenos negócios”, disse. Enquanto a base dos associados do Sicred aumentou 76% entre 2009 e 2013, o segmento pessoa jurídica cresceu 116%.
Para o diretor de relacionamento institucional do Banco Central, Luiz Edson Feltrim, é preciso fortalecer a marca da cooperativa de crédito, aproveitando a capilaridade da rede. Segundo ele, as cooperativas estão no caminho certo ao fidelizar os associados com produtos e serviços que realmente atendam às suas necessidades. Mas é preciso ir além e investir, principalmente, na educação financeira, o que tem sido um dos focos do Banco Central. “Vale destacar que não basta só desenvolver produtos. Os associados têm que usá-los no seu dia a dia, tendo a cooperativa de crédito como sua principal instituição financeira”, ressaltou.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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