Pesquisar
Close this search box.

Deputado apela à Justiça para liberar obras na BR-174

Paralisadas há 13 dias por conta de um impasse jurídico, as obras de construção do Linhão de Tucuruí podem atrasar a concretização do sonho do Amazonas: fazer parte do Sistema Interligado Nacional (SIN). Pelo menos duzentos trabalhadores da empresa Manaus Transmissão de Energia S.A. estão de braços cruzados desde o último dia 3, quando a Justiça do Estado emitiu liminar paralisando as atividades em uma área privada da BR-174 (Manaus-Boa Vista), de propriedade do vereador Massami Miki (PSL).
Para evitar maiores prejuízos tanto para o setor privado quanto, principalmente, ao Estado, os deputados, por sugestão de Rotta, formaram uma uma comissão parlamentar para interceder junto ao TJ-AM (Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas) pela continuidade dos trabalhos. “Independentemente do reconhecimento do direito privado, a Justiça deveria liberar as obras do linhão. Até porque é algo esperado por todos os amazonenses, uma vez que irá tirar o Amazonas do isolamento energético”, comentou Rotta, acrescentando que a sugestão à Assembleia Legislativa é que uma comissão de parlamentares visite o TJ-AM para tratar da questão. “Além de levarmos a nossa preocupação, vamos mostrar os prejuízos financeiros de R$ 100 mil por dia”, afirma.
Na avaliação de Rotta, o interesse privado não pode se sobrepor ao interesse coletivo do Estado. A liminar foi interposta pelo vereador Massami Miki, proprietário da área em questão. Na manhã de ontem o representante da Manaus Transmissão de Energia S.A., Rômulo Corrêa, esteve na Aleam para relatar a suspensão dos trabalhos de construção do Linhão em Manaus. Segundo ele, o impasse jurídico começou quando o proprietário da área, Miki, negou que as obras passassem pela terra privada. “Se isso não se resolver o quanto antes, infelizmente irá atrasar a chegada de energia ao Estado por meio do Linhão de Tucuruí”, lamentou Corrêa.

Previsão para 2013

Com a previsão da chegada do Linhão de Tucuruí em 2013, o Amazonas terá de correr contra o tempo para ampliar a rede energética que abastece o Estado. Conforme o alerta feito pelo deputado Marcos Rotta, para evitar um racionamento será necessário triplicar a capacidade da rede energética. “Dados mostram que hoje a rede do Amazonas tem capacidade para receber 69kw, mas com a chegada do linhão em 2013, a rede terá de suportar 230kw. Por conta disso, há urgência na instalação de subestações para eliminar a sobrecarga e possibilitar a distribuição do Linhão de maneira segura”, explicou Rotta, comentando que os dados constam em um relatório feito pelo senador Eduardo Braga (PMDB) e entregue à ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.
“Da ministra, o senador recebeu a garantia de que técnicos do governo do Estado e do Ministério das Minas e Energia estarão reunidos, em Brasília, em um grande e profundo debate para tratar da situação energética no Estado”, disse Rotta. “Mais uma vez, diante do compromisso firmado pela ministra com o senador Eduardo Braga, espero que aqueles que têm a missão de dirigir a Eletrobras, e que muitas vezes aqui estiveram (Aleam), honrem as palavras da ministra. Tomara que, desta vez, a ministra possa ser a porta-voz da redenção energética do Amazonas”, concluiu.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
Compartilhe:​

Qual sua opinião? Deixe seu comentário

Notícias Recentes

Pesquisar