O senador José Agripino (RN), líder do DEM, disse acreditar que todos os parlamentares da legenda votarão de acordo com as suas consciências -sem a necessidade de imposições do partido. “Não temo (deserções). Tenho a certeza de que os senadores do DEM votarão com as convicções deles. Não haverá necessidade de líder nenhum impor sua vontade aos seus companheiros. Os votos serão movidos por convicção e consciência”, disse o líder.
Lideranças do DEM e do PSDB recomendaram a aprovação do relatório dos senadores Marisa Serrano (PSDB-MS) e Renato Casagrande (PSB-ES), que aponta oito razões para Renan perder o mandato por quebra de decoro parlamentar.
Aliados de Renan acreditam que, em votação secreta, parlamentares do DEM poderiam votar pela absolvição do presidente do Senado -o que não vai ocorrer, na avaliação de peemedebistas, se a votação for aberta, porque os parlamentares não vão desrespeitar orientações partidárias publicamente.
Por este motivo, a tropa de choque de Renan no Conselho de Ética não descarta recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) para garantir que o voto seja secreto no conselho, o que poderia render mais votos favoráveis a Renan Calheiros .
A suspeita foi levantada ontem depois que o senador Heráclito Fortes (DEM-PI), ao declarar ser favorável ao voto aberto, disse que tomava a decisão seguindo uma “orientação partidária”. Ao contrário de outros senadores da oposição -que defenderam o voto aberto com o argumento de que ele obedece o que determina a Constituição Federal-, Heráclito preferiu afirmar apenas que seguia a decisão do partido. Os senadores Adelmir Santana (DEM-DF) e Romeu Tuma (DEM-SP) também evitaram entrar na polêmica sobre o voto aberto e secreto ao longo das sete horas de sessão no Conselho de Ética ontem -assim como não se posicionaram sobre a eventual cassação de Renan Calheiros.
Os dois só se manifestaram, assim como Heráclito, no momento em que proclamaram seus votos em favor da votação aberta no processo contra Renan. O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) e o próprio Agripino foram os únicos integrantes do DEM que se mostraram de forma incisiva favoráveis ao voto aberto e ao relatório de Serrano e Casagrande.
Em nota oficial, Tuma disse hoje que faz questão de participar da votação do relatório de Serrano e Casagrande. Ele cancelou viagem oficial que faria a Viena, onde participaria de encontros com representantes da ONU (Organização das Nações Unidas), para acompanhar a votação do conselho.
Na nota, Tuma diz que “ciente de suas responsabilidades” confirma participação na votação do relatório contra Renan.
Democratas descarta traições em votação secreta no Conselho
Redação
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