Pesquisar
Close this search box.

Comércio pouco confiante em julho

https://www.jcam.com.br/FOTO_24072014 A6.jpg

O nível de confiança dos comerciantes apresentou nova queda em julho, a nona consecutiva. Os números representam a falta de expectativas do empresariado ante a situação macroeconômica do país (-3,0%). Aumento nas taxas de juros e redução no prazo de quitação das dívidas pelo Banco Central, há tempos vêm diminuindo as chances de novos investimentos no setor.
Para 70% dos empresários pesquisados (entre aproximadamente seis mil empresas situadas em todas as capitais brasileiras) as condições econômicas atuais pioraram nos últimos 12 meses.
Segundo dados do Icec (Índice de Confiança do Empresário do Comércio) divulgados nesta terça-feira (23) pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) a queda foi de 1% em relação ao mês anterior, colocando o mês de julho num patamar histórico.
Num comparativo anual, o mês corrente teve recuo de 7% em relação a julho do ano passado, a 12ª queda seguida. Dos nove itens pesquisados, seis atingiram o menor nível desde o início da pesquisa em 2010. A intenção de investir caiu 5,4% e -1,2% na intenção de contratar. Nas expectativas de ampliações estruturais ou de estoques os avanços também devem ser poucos.

No Amazonas
Com o crescimento das vendas do varejo no Amazonas em 5,4%, um pouco acima da média nacional que foi de 5%, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o índice de confiança no Estado fica em 2,4%, conta o economista da CNC, Fábio Bentes. “Mas o Estado ainda está entre os três que menos cresceram e o empresariado tem se adaptado a esta nova velocidade de crescimento,” explica.
Contestando os números do IBGE, que incluem nos índices gastos não planejados e venda de produtos temáticos, o presidente da FCDL-AM (Federação da Câmara dos Diretores Lojistas do Amazonas), Ezra Benzion confirma apenas a falta de expectativas divulgada pelo Icec. “Os números do IBGE abrangem a segunda quinzena de junho e a primeira deste mês, mesmo acima da média nacional, não se pode contar com novos investimentos do comércio local”, afirma.

Poucas expectativas
Para Benzion, a alta taxa de juros dificulta a chegada de novos empresários a Manaus e o cenário continua o mesmo no setor, com algumas poucas mudanças. “Quem tinha planejamento e orçamento prontos, conseguiu abrir no primeiro semestre e vai se manter no mercado com muitos custos. O empresário que pensa em começar a partir de agora, está sem expectativas, mesmo com a prorrogação da ZFM. Não dá para aquecer o comércio com as taxas impostas pelo Banco Central”, explica.
A falta de confiança que vem se repetindo mês a mês, é apontada como fator de retração no comércio amazonense. Segundo o presidente da FCDL-AM, algumas lojas esperam o melhor momento para abrirem as portas. “O cenário é de incerteza e algumas empresas aguardam melhoras desde o ano passado. Existem chances de abrirem no segundo semestre, assim como alguns shoppings, mas estes precisam de lojas que ocupem seu espaço”, resume Benzion.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
Compartilhe:​

Qual sua opinião? Deixe seu comentário

Notícias Recentes

Pesquisar