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Comércio local espera alta de 2,5% no Dia das Mães

Considerada a segunda maior data para o comércio depois do Natal, o Dia das Mães se aproxima com expectativa fraca em comparação aos anos anteriores. Após crescimento de 4,8% a frente da data de 2014, estima-se que as vendas em 2016 cresçam 2,5% em relação ao ano passado, aponta a Câmara de Dirigentes de Lojistas de Manaus (CDL Manaus).

De acordo o presidente do órgão, Ralph Assayag o comércio espera arrecadar uma receita bruta superior a R$ 100 Milhões dividido nas diversas intenções de compras. “Acreditamos que a média de compras será de R$ 99,80 na maioria dos clientes, sendo em dinheiro, parcelado no cartão ou boleto. O segmento da confecção ainda lidera as intenções por ser mais que presente”, destacou. O valor é 33% maior que os R$ 75 de média do Dia das Mães do ano passado.

A pesquisa mostra que os itens com maior intenção de compra para a data são: vestuário (16,1%), celular (12,5%), eletrodomésticos (8,7%), perfumaria (7,6) e calçados (6,9%). Em 2016, a previsão é que as compras de Dia das Mães movimentem em Manaus R$ 125,03 milhões. A estimativa do ano anterior era de R$ 121,98 milhões.

A odontóloga Fabíola Abreu conta que a mãe costuma dar dicas do que quer ganhar na data. Segundo ela, esse ano o item escolhido foi um móvel novo. “Eu e meus irmãos nos juntamos todos os anos para comprar algo que ela queira, então não sai pesado para ninguém e a pedidos, daremos o móvel da sala. Mas cada um presenteará também com um dos perfumes que ela gosta”, explicou. “Para a mãe não tem crise”, complementou.

Para a estudante Cristiane Fonseca nas condições atuais a expectativa para a data será um presente mais modesto. “Em relação à gastos maiores está complicado, o que ela queria mesmo era uma viagem de férias, mas quem sabe no próximo ano”, contou.

Um dos gerentes de venda das lojas Sapatinho de Luxo em Manaus, Fabrício Santiago diz que esse ano a tendência é que a venda seja até 10% inferior se for comparado aos anos anteriores. “Os calçados são um dos presentes mais solicitados para a época, a estratégia adotada é uma promoção com os nossos produtos atuais e com uma coleção nova com preços mais acessíveis para atender as demandas de todas as classes sociais”, ressaltou. Os shoppings da cidade também estão fazendo diversas promoções para atrair o público.

O economista da Federação do Comércio do Amazonas (Fecomércio), José Fernando, diz que com a proximidade da data, o comércio já recorre as formas mais tradicionais para aquecer as vendas. “São as promoções, descontos e facilidades de pagamento para compensar a queda no volume de venda que vem acontecendo nos últimos meses”, destaca. Ele reforça que os seguimentos de vestuário e calçados sempre aparecem em pesquisas, por serem itens que atendem o interesse e o perfil dos consumidores de qualquer classe social.

Os dados da CDL Manaus revelam, ainda, que 66% dos entrevistados vão pagar suas compras em dinheiro, 25% vão usar o cartão de crédito, 5% recorrerão ao cartão da loja, 2% optam pelo crediário e 1% vão usar cartão de débito e cheque.

“A sociedade está cada vez mais consciente que não deve fazer mais dívidas, pois, os juros dos cartões estão muito alto. Pagar suas compras em dinheiro tem mais vantagem, porque permite que o cliente não tenha compromisso futuro, além de conseguir descontos em uma época com inflação sem controle”, destaca o economista do Conselho Regional de Economia do Amazonas (Corecon/AM) Marcus Evangelista.

Segundo ele, 75% das famílias brasileiras se encontram endividadas, sendo 95% em função de compra parcelada. O economista recomendou, ainda, que o consumidor não abra mão de pesquisar bem o preço antes de efetuar a compra.
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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou em fevereiro, a décima quinta queda seguida do indicador, iniciada em dezembro de 2014 com -5,1% no comércio amazonense. Em relação aos outros Estados, o volume mensal de vendas no Amazonas vem se posicionando entre os que apresentam maiores quedas. Nos dois primeiros meses de 2016 o índice alcançou a segunda maior taxa negativa do País.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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