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Colégio Dom Bosco sai na frente

A tragédia de Santa Maria desencadeou em todo o país uma série de atitudes de vários segmentos da sociedade, visando a melhor maneira de se proteger de possíveis acidentes. Nos locais onde existe a concentração de muitas pessoas os cuidados passaram a ser mais intensos. Depois das boates, cinemas e casas de espetáculos, agora chegou a vez dos colégios tomarem providências para proteger a vida e o patrimônio. A ideia é elaborar, desenvolver e colocar em prática o Programa de Brigada de Incêndio.
Em Manaus, a empresa Personality ficou com a responsabilidade de capacitar os colaboradores do Colégio Dom Bosco. O curso foi oferecido para todos os funcionários envolvidos com a segurança patrimonial, além dos empregados da cozinha. O objetivo maior foi conscientizar de que todos são responsáveis por providências e atitudes proativas. No momento de um sinistro, a maioria das pessoas entra em pânico. Isso agrava ainda mais a situação, aumentando muitas vezes, o número de vítimas. Como o envolvimento é coletivo, daí a necessidade de que todos estejam atentos e saibam o que fazer frente a uma emergência.
Com uma carga horária de 20 horas, o curso utilizou metodologia baseada na aprendizagem colaborativa e motora, estimulando a interação entre aluno e professor, promovendo a aplicação da prática de conceitos estratégicos que garantam bons resultados. As aulas foram práticas e teóricas e fizeram com que o aluno entrasse em contato com várias técnicas contextualizadas ao seu dia a dia, permitindo total esclarecimento de suas dúvidas e efetiva aplicação dos conceitos aprendidos.
As técnicas e a prática de primeiros-socorros, incluindo fogo e água, foram módulos que chamaram bastante a atenção dos participantes, pois necessitou de equipamentos e material especial para demonstrar toda a realidade de um sinistro.
O colégio Dom Bosco é um dos primeiros estabelecimentos da rede particular de ensino a tomar essas providências preventivas. Pela escola, atualmente, circulam em torno de 2 mil pessoas, diariamente, entre alunos dos níveis fundamental médio e superior, além dos servidores. Esse número aumenta ainda mais quando se soma a quantidade de pais que deixam e pegam seus filhos, ou mesmo, entram no prédio para resolver algum assunto. De acordo com o membro da administração da instituição, Wilson Alves, o Dom Bosco formou uma brigada de incêndio, composta por 32 funcionários. Ele vai mais além quando externa o pensamento de que com essa qualificação adquirida no curso, a brigada estará apta a repassar os conhecimentos a toda comunidade escolar. “É nossa ideia a partir de agora começar os preparativos para que possamos fazer um treinamento especial com os alunos. Devemos treiná-los para situações de evacuação e outros procedimentos necessários dentro de um cenário de emergência”, explicou Wilson. Para que isso comece, o colégio apenas está aguardando a validação da certificação junto ao Corpo de Bombeiros. Na verdade, com esse treinamento o Dom Bosco passa a integrar um grupo de escolas com padrões de primeiro mundo, pois é comum estabelecimentos de ensino dos Estados Unidos e de alguns países da Europa realizarem treinamentos baseados em simulações. “Queremos deixar nossos alunos aptos para qualquer eventualidade. Não queremos e faremos de tudo para não acontecer, mas se necessário, no momento em que houver, mesmo que seja só ameaça de um desastre ou um sinistro, nossa comunidade vai saber o que fazer”, ressaltou o novo brigadista Wilson Alves. Para participar desse curso, segundo fontes do mercado, uma escola com a mesma infraestrutura do Dom Bpsco vai gastar em torno de R$ 5 mil a R$ 6 mil.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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