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CNPq ultrapassa a marca de 75 mil bolsas concedidas a estudantes e pesquisadores

Pela estimativa do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), o número de bolsas concedidas a estudantes e pesquisadores em 2009 já ultrapassou as 70 mil oferecidas em todo o ano passado.
Até o início deste mês, eram 75 mil bolsas em andamento. O volume se refere a todas as modalidades destinadas pela instituição para o ensino médio, graduação, pós-graduação, recém-doutores e pesquisadores experientes. O montante de recursos direcionados para essa finalidade aumentou de R$ 680 milhões para R$ 750 milhões, na comparação com o mesmo período de do ano passado.
O diretor de Programas Horizontais e Instrumentais do CNPq, José Roberto Drugowich, afirma que a ampliação do número de bolsas e, consequentemente, do orçamento, deve-se ao amadurecimento da comunidade científica do país e ao apoio cada vez maior do governo federal.
Em 1976, pouco mais de 4.000 bolsas chegaram a ser destinadas para viabilizarem pesquisas em todo o país. “O aumento ocorreu em todos os níveis, desde a iniciação científica até a produtividade em pesquisa. Além disso, houve reajuste no valor das bolsas nos últimos anos”, justificou o dirigente.

Valor defasado

De acordo com dados da agência, o valor pago aos pesquisadores estava defasado em 2003, com a falta de reajuste há pelo menos dez anos. As bolsas de mestrado e de doutorado tiveram três acréscimos em quatro anos. O primeiro em 2004, de 18%, outro em 2006, de 10%, e em 2007, de 50%.
O último anúncio feito pelo governo determinou o pagamento de R$ 1.800 para o doutorado e de R$ 1.200 para o mestrado. Já as bolsas de iniciação científica, voltadas ao jovem pesquisador, tiveram alteração menos significativa em 2005, quando o recurso subiu de R$ 250 para R$ 300.
Drugowich aponta ainda o incentivo à produtividade em pesquisa como um dos principais focos do CNPq. A meta é praticamente dobrar o número de bolsas até o final de 2010. Em 2002, eram 7.700 bolsas destinadas para essa modalidade. A ampliação tem sido feita na ordem de 2.000 por ano. Ao todo, foram oferecidas 10 mil bolsas em 2008, passando para 12 mil em 2009. Neste ritmo, o CNPq calcula um volume de 16 mil bolsas ao final de 2011.
A Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior) do MEC (Ministério da Educação) também ampliou o apoio à pós-graduação. O número de bolsas oferecidas pela agência cresceu de 15 mil em 1995, para 41 mil em 2008. A previsão do órgão é encerrar o ano de 2009 com 47 mil bolsas.
“Assumimos o compromisso de cobrir bolsas em todos os cursos nas regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste do semiárido, tanto em bolsas de mestrado como de doutorado. Também tivemos aumento para o pós-doutorado, que a Capes não tinha muita tradição”, afirmou o presidente da entidade, Jorge Guimarães. “A previsão para 2010 é continuar crescendo, naturalmente, dependendo da decisão orçamentária”, acrescentou.
Os profissionais da área de engenharia são os mais beneficiados com bolsas de pesquisa. Em 2008, o CNPq destinou mais de 10 mil bolsas para essa área, seguida de Ciências Biológicas, Ciências Exatas e da Terra e Ciências Agrárias, as quatro mais atendidas.
Segundo a agência, a preferência está baseada na necessidade de melhor formação neste ramo com a queda de procura pelo curso nos últimos 20 anos. O fenômeno mundial é explicado pela ausência de emprego no setor durante o mesmo período. Hoje, o Brasil forma 30 mil engenheiros por ano, mas já formou 40 mil há duas décadas.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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