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Centro volta a desafogar e ruas são reabertas

A circulação de veículos na rua Barão de São Domingos, Centro, foi liberada na manhã desta sexta-feira, 15/7, pela Prefeitura de Manaus, por meio do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), após vistoria para avaliar a situação do local, afetado pelo rio Negro, que já iniciou o seu processo de vazante. Nesta sexta-feira, a cota do Negro foi registrada em 29,26 metros.

A rua estava interditada desde o dia 30/5, quando foram instaladas passarelas para a circulação de pedestres na região de intenso comércio. O local ficou intransitável por conta da subida das águas do rio Negro.

O diretor de Operações do IMMU, Stanley Ventilari, acompanhou a liberação da via e a retirada dos blocos de concreto. “Fizemos uma avaliação prévia, juntamente com a Seminf (Secretaria Municipal de Infraestrutura), para verificar se havia alguma erosão no local.  Após esta avaliação positiva, acionamos a Semulsp (Secretaria Municipal de Limpeza Urbana) para a limpeza do local e, em seguida, fizemos a liberação da via com segurança. Percebemos uma melhoria no trânsito no local. Mesmo com a interdição, deixamos o acesso ao local para que os comerciantes não tivessem tanto prejuízo”, destacou.

Ainda segundo Ventilari, as demais vias interditadas estão sendo monitoradas para eventuais liberações nos próximos dias. “Na rua dos Barés, estamos esperando baixar o nível da água do local e verificar se há erosão, para conseguir liberar a via”, informou o diretor de Operações do IMMU.

O comerciante Claudiano Alecrim Ribeiro, 40 anos, elogiou a liberação da Barão de São Domingos. “Quando a rua estava interditada, caiu o número de clientes, porque há clientes que estacionam próximo e compram de dentro do carro. E, quando estava fechada, isto não era possível. Acredito que as coisas vão melhorar bastante com a liberação da rua”, avaliou.

Mercado em festa

Um dos ícones da arquitetura histórica de Manaus, o mercado municipal Adolpho Lisboa, localizado na avenida Lourenço Braga, Centro, completou 139 anos de atividades na sexta-feira. O “mercadão”, como é popularmente conhecido, é um local onde o manauense se reencontra com sua própria cultura, por ser um elemento de identidade da história regional.

“O mercado Adolpho Lisboa é um ícone da arquitetura amazônica, é um espaço turístico muito visitado na nossa cidade, por pessoas do mundo todo e hoje estamos comemorando 139 anos de atividades trazendo um projeto especial, que é o ‘Arte pela Cidade’, momento de comemorar e ao mesmo tempo de agradecer, principalmente pelas pessoas que trabalham dentro do mercado e hoje, de forma humanizada, trazendo alegria e dignidade aos permissionários e clientes”, destaca o secretário da Semacc, Wanderson Costa.

Orgulho

Permissionário antigo do Adolpho Lisboa, Antônio Teixeira conta que herdou a banca do pai, a quem acompanhava desde criança na venda de frutos do mar. Para ele, é uma honra fazer parte dessa história.

“É questão de muita satisfação. Devido ao tempo que a gente trabalha aqui, é uma honra muito grande, porque o mercado é tradicional, recebemos do turista regional ao turista internacional. Parabéns a todos nós, ao mercado, principalmente, por ser um grande patrimônio histórico”, comemora o permissionário.

Para a Maria Verlândia Aragão, vendedora de produtos naturais na área de hortifrúti, trabalhar no mercado municipal Adolpho Lisboa lhe possibilita muito conhecimento, porque o local é visitado por pessoas do mundo inteiro.

“É maravilhoso trabalhar neste lugar, conhecemos muita gente. Vem gente do mundo inteiro aqui no mercado Adolpho Lisboa, os turistas ficam maravilhados com a estrutura do prédio e nós ficamos felizes, o mercado é maravilhoso e a gestão David Almeida tem nos apoiado em tudo. Parabenizo o mercadão e todos os permissionários por esses 139 anos de atividades”, conclui.

Estrutura

Considerado um dos ícones da arquitetura histórica de Manaus, o mercado Adolpho Lisboa, no estilo art nuveau, é uma réplica do mercado Les Halles, de Paris. Símbolo remanescente da época áurea da borracha, o prédio é um expressivo exemplar da arquitetura do ferro no Brasil, tendo seu inestimável valor reconhecido por meio de tombamento no Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), desde o fim do século passado.

O mercado abriga 175 permissionários distribuídos em quatro pavilhões: carne, peixe, hortifrúti e pavilhão central, onde são vendidos peixes, artesanato indígena e caboclo, ervaria, frutas e verduras. É o lugar ideal para provar a comida regional, conhecer os produtos típicos da região, comprar objetos de decoração e lembranças do Amazonas.

O mercado municipal Adolpho Lisboa funciona de segunda-feira a sábado, das 6h às 17h. Aos domingos e feriados, o mercadão abre de 6h ao meio-dia.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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