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Cachoeira buscou governadores

Na tentativa de emplacar prestação de serviços de loterias estaduais, o grupo do empresário de jogos de azar Carlinhos Cachoeira, preso na Operação Monte Carlo, buscou contato com os governadores recém-eleitos de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB); de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD e ex-DEM), e do Paraná, Beto Richa (PSDB). Segundo telefonemas de Cachoeira interceptados pela Polícia Federal, o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), ajudou a evitar a extinção de uma estatal que controla loterias em Santa Catarina. Perillo nega e os demais governadores dizem não terem negociado nada com o bicheiro, que é o centro das investigações da CPI criada na quinta-feira no Congresso.
No primeiro turno das eleições de 2010, Silval é reeleito em Mato Grosso. Beto Richa e Colombo ganham no Paraná e em Santa Catarina. Dois dias depois, em 5 de outubro, às 8h39, o ex-cunhado de Cachoeira, Adriano Aprígio de Souza, envia e-mail ao argentino Roberto Coppola, consultor em jogos de azar. Ele comemora o resultado as urnas e pergunta como estão os contatos com os futuros governantes sobre as loterias estaduais. Questiona como teria sido a reunião de Coppola com Richa: “Roberto, viu o resultado no Mato Grosso? Foi reeleito o governador. E como ficou Santa Catarina agora? Paraná aquele encontro como foi bom (sic) com o governador eleito?”
Em resposta, às 18h52, o argentino Roberto Coppola mistura português com espanhol para dizer que o grupo vai conseguir ver implantada a loteria no Mato Grosso e em Santa Catarina. Afirma ainda que se reuniu com Colombo e com Richa. No primeiro, o resultado teria sido “bom”, segundo ele porque o coordenador da campanha de Colombo é que seria designado para dirigir a loteria. Mas com Richa, porém, o problema era que seu antecessor, o hoje senador Roberto Requião (PMDB), extinguira a loteria estadual.

Vital do Rêgo aceita presidência

Criada a CPI mista que vai investigar as relações do empresário Carlos Cachoeira com agentes públicos e privados, as atenções se voltam para a escolha dos nomes que comporão o colegiado. A presidência ficará a cargo do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), que aceitou o convite feito pelo líder do PMDB, Renan Calheiros (AL). A relatoria, outro cargo importante da comissão, ficará com um deputado do PT, ainda a ser escolhido pela legenda.
“É missão do partido, não tinha como negar. Agora, na terça-feira, vamos fazer uma reunião para começarmos a traçar uma estratégia de atuação”, afirmou Vital do Rego.
Enquanto isso, as lideranças no Senado vão confirmando aos poucos seus integrantes. O Bloco da Minoria, por exemplo, já confirmou os nomes de Alvaro Dias (PSDB-PR), Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e Jayme Campos (DEM-MT). O bloco União e Força (formado por PTB e PR), por sua vez, terá Fernando Collor (PTB-AL) e Vicentinho Alves (PR-TO).
Também foram indicados Ciro Nogueira (PP-PI), Pedro Taques (PDT-MT), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), sendo que esses três últimos devem entrar como suplentes em vagas cedidas pela minoria. A indefinição maior fica por conta do PT, já que o líder do partido, senador Walter Pinheiro (BA) ainda não apresentou os nomes.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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