Ontem, a candidatura brasileira fez sua última apresentação, em Zurique, na Suíça, e foi elogiada pelo presidente da Fifa, Joseph Blatter.
O Brasil mandou uma dele-gação de peso para apoiar a candidatura, incluindo o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, 12 governadores estaduais, o mi-nistro dos Esportes, Orlando Silva, o senador Marconi Perillo, representando o Congresso Nacional, o escritor Paulo Coelho, o atacante Romário e o técnico da seleção brasileira, Dunga.
A apresentação da candidatura brasileira aconteceu por volta das 9h45 e durou aproximadamente 40 minutos. Fo-ram mostrados vídeos com imagens de jogos da seleção brasileira, cidades selecionadas para organizar o evento, pontos turísticos e explicação sobre os projetos das constru-ções dos novos estádios.
A preocupação ecológica foi um dos principais enfoques. Também foram mostrados depoimentos de brasileiros ressaltando a ansiedade pela realização do Mundial e comentando os possíveis benefícios que terão futuramente.
Durante a apresentação, além do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, também falaram sobre a candidatu-ra brasileira o ministro de Esportes, Orlando Silva, o governador do Amazonas, Edu-ardo Braga, e o escritor Paulo Coelho. “Fiquei impressionado. Não deveria, mas vou dizer. Estou impressionado com toda a preocupação ecológica e com o fato de terem trazido para cá Paulo Coelho. Ele tem um senso de humor específico. Isso é o futebol”, afirmou Blatter.
O Brasil será sede de uma Copa do Mundo pela segunda vez na história. A outra oportunidade aconteceu em 1950, quando a seleção nacional desperdiçou a chance de ganhar o título pela primeira vez ao perder para o Uruguai por 2 a 1, no Maracanã.
Depois disso, a América do Sul ainda receberia um Mundial em 1978, na Argen-tina, com a seleção anfitriã sendo campeã após bater na final a Holanda. Além de Brasil e Argentina, os países sul-americanos foram sede da Copa em 1930, no Uruguai, e 1962, no Chile.
Previsão de gastos
Para a construção e reformas de estádios já existentes no Brasil para a realização da Copa do Mundo de 2014,os gastos devem chegar a cerca de 1,1 bilhão de euros (R$ 2,8 bilhões), segundo relatório da Fifa com informações passadas pela CBF. Pelo projeto brasileiro, quatro novas arenas seriam construídas, e 14 poderiam ser reformadas para a competição.
Segundo os inspetores, os projetos de estádios atendem às exigências da Fifa. Mas nenhum deles teria condições de receber a Copa com a atual estrutura disponível.
Pelo relatório, os novos estádios e as reformas seriam bancados por meio de parcerias público-privadas (PPPs) ou por concessões a terceiros.
Assim, “os fundos públicos seriam alocados para a estrutura básica, particularmente, aeroportos, estradas e hospitais”. Só que o levantamento da Folha mostrou que pelo menos 11 dos projetos de estádios tinham previsão de utilização de dinheiro público.