Os investidores seguem preocupados sobre os efeitos que os problemas no segmento de créditos de risco do mercado de hipotecas dos EUA possam ter sobre o restante da economia e aguardam nova ação do Federal Reserve (Fed, o BC americano) sobre taxas de juros.
Às 14h08 (em Brasília), a Bolsa de Valores de Nova York estava em baixa de 0,55%, caindo para 13.006,97 pontos no índice Dow Jones Industrial Average (DJIA), enquanto o S&P 500 perdia 0,85%, indo para 1.433,67 pontos. A Bolsa Nasdaq caía 0,56%, para 2.490,92 pontos.
Os investidores ainda aguardam uma nova ação por parte do Fed como a de sexta-feira -cortes de taxas de juros. Na sexta, o banco reduziu sua taxa de desconto -utilizada pelo Fed em empréstimo de recursos de curto prazo para bancos com dificuldades financeiras. Quando a taxa é aumentada, os bancos têm que elevar as taxas que cobram para cobrir o aumento do custo do seu empréstimo. Do mesmo modo, quando a taxa de juro é baixada, os bancos têm a possibilidades de cobrar taxas de juro mais baixas nos seus empréstimos.
“Um pequeno recuo faz sentido” após as fortes altas de sexta, e “não há notícias estimulantes circulando”, disse ao diário americano “The Wall Street Journal” o operador do Bear Stearns Bill Nichols. “Mesmo 1% ou 2% de queda não seria inesperado, com toda a recente volatilidade. Hoje as pessoas estão apenas fazendo uma pausa”. O estrategista-chefe de títulos do governo do RBS Greenwich Capital, David Ader, destacou para o “WSJ” a incerteza sobre os problemas de liquidez que rondam o sistema bancário.
Ontem, o Fed injetou mais US$ 3,5 bilhões nos mercados. No total, o órgão já liberou, desde o último dia 9, US$ 97,5 bilhões para acalmar o mercado financeiro. Mesmo assim, as injeções de recursos não têm surtido efeitos muito positivos.
A redução da taxa de desconto, por sua vez, foi vista como um sinal do Fed de que estaria disposto a mexer também em sua taxa básica de juros, a dos fundos federais, a principal de sua política monetária e que influencia diretamente o custo do capital para o setor produtivo. A taxa está atualmente em 5,25% ao ano.