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BNDES anuncia revisão de regras

O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, comprometeu-se ontem a alterar, possivelmente já na próxima semana, uma circular interna da instituição que impede a tomada de crédito por produtores rurais que já tenham dívidas com agentes financeiros, mesmo quando há interesse na concessão, por parte dos bancos.

A informação foi divulgada por representantes da Frente Parlamentar do Agronegócio no Congresso Nacional e de produtores rurais, que estiveram reunidos com Coutinho, ontem, para tratar do tema. Eles tentariam uma audiência com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, ainda ontem, para colocá-lo a par da situação.

Coutinho não conversou com os jornalistas que aguardavam o fim da reunião, no prédio do BNDES, em Brasília. A circular que será alterada, segundo os participantes, é a de número 6, do ano passado, que normatizou resolução do BNDES , impedindo a renegociação de operações que já tinham sido renegociadas. “Isso deu uma engessada nos financiamentos, pois nenhum produtor conseguiu renegociar sua dívidas”, comentou o senador Gilberto Goelner (DEM-MT). “A mudança que deve ocorrer na semana que vem não resolve o problema de todos, mas já alivia para alguns”, acrescentou o deputado Luís Carlos Heinze (PP-RS).

Apesar dos produtores quererem uma solução para toda a dívida do setor, o principal tema do encontro foi o Finame Rural (Financiamento da Agricultura Mecanizada). O problema é que nenhuma instituição sabe dizer ao certo qual o valor do endividamento total do setor e o número de agricultores com pendências. “Estamos vendo a esterilização da capacidade da agricultura e estamos atrás desses dados”, disse Heinze. De acordo com ele, o Banco Central e o BNDES se prontificaram a levantar os dados.

Depois de reuniões no BNDES, no Ministério da Agricultura e no Banco do Brasil, os representantes do setor querem também expor suas dificuldades para o Ministério da Fazenda. “Queremos uma ação sincronizada de governo”, afirmou Goelner. Para essa etapa, a participação de Coutinho é vista como fundamental. “O presidente do BNDES é o articulador do repasse dos recursos e agora também pode ser, na busca de soluções”, disse o presidente da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja do Estado do Mato Grosso), Glauber Silveira da Silva.

Segundo ele, Coutinho de comprometeu a buscar alternativas para “por fim a esses histórias”. A preocupação do presidente da Prosoja é, principalmente, com o número de produtores que tem se afastado da atividade no Estado, por problemas de endividamento. “A concentração de terras já está muito grande no Mato Grosso”, afirmou.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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