O BCE (Banco Central Europeu) decidiu manter inalterada a taxa de juros na zona do euro em 4,25%. A instituição européia também deixou inalterada a facilidade marginal de crédito, usada para a concessão de créditos overnight por bancos centrais nacionais, em 5,25%, assim como a facilidade de depósito, que remunera depósitos overnight em bancos centrais nacionais, em 3,25%.
Os analistas esperavam essa decisão devido às pressões inflacionárias e apesar do enfraquecimento econômico. A taxa anualizada da inflação na zona do euro desacelerou em agosto para 3,8%, contra 4% em julho, segundo dados da Eurostat, a agência de estatísticas do bloco europeu.
Para a zona do euro, a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) prevê neste ano um crescimento de 1,3%, contra 1,7% na projeção anterior. “Boa parte desta revisão procede dos dados do segundo trimestre já publicados, ou seja, uma surpresa ruim que leva, por tanto, a uma forte redução da previsão para a zona euro’’, disse o vice-diretor do departamento econômico da OCDE, Jean-Louis.
A economia da zona do euro se contraiu em 0,2% no segundo trimestre de 2008, em comparação aos primeiros três meses do ano. Pouco antes o Banco da Inglaterra (BC britânico) manteve sua taxa de juros em 5%. Foi a quinta reunião consecutiva em que o banco manteve a taxa nesse patamar.
Desempenho fraco
As bolsas européias fecharam em baixa na quinta-feira. A expectativa de um crescimento econômico menor na zona do euro -e na União Européia como um todo- afetou a confiança dos investidores, especialmente depois das declarações do presidente do BCE (Banco Central Europeu), Jean-Claude Trichet.
A Bolsa de Londres caiu 2,50%, para 5.362,10 pontos; a Bolsa de Paris despencou 3,22%, fechando com 4.304,01 pontos; a Bolsa de Frankfurt teve perda de 2,91%, indo para 6,279.57 pontos; a Bolsa de Milão caiu 2,79%, para 21.736 pontos; a Bolsa de Amsterdã caiu 2,25%, para 397,17 pontos; e a Bolsa de Zurique teve baixa de 2,37%, fechando com 7.084,65 pontos.
