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Bancos desembolsam R$ 1,5 bilhão com segurança

Os bancos brasileiros investem anualmente cerca de R$ 1,5 bi­lhão em sistemas de segurança eletrônica –como, por exemplo, desenvolvimento e distribuição de mecanismos geradores de senhas instantâneas (tokens), de cartões de senhas e em equi­pamentos identificadores a partir de biometria. Mas é preciso que os usuários façam sua parte, adotando medidas de segurança. O aviso é de Guilhermino Domiciano, ­integrante da comissão de Fraudes Eletrônicas da Febraban (Federação Brasileira de Bancos).
Os resultados dos investimentos dos bancos em segurança podem ser comprovados, entre outras coisas, pela expressiva redução, de 27,5% no valor das fraudes eletrônicas registradas em 2008 e de 29,6% no número de fraudes, em relação ao ano anterior. De 2000 a 2007, o número de usuários de internet banking aumentou 259% (num total de 30 milhões de clientes) e o total de transações cresceu 835%.
Segundo Domiciano, a chamada engenharia social é a tática mais utilizada para obter dados dos usuários e, a partir deles, praticar golpes cibernéticos. O termo, embora tenha sido adotado recentemente pelos especialistas em TI (Tecnologia da Informação), remete a técnicas bastante simples de cometer os crimes, como, por exemplo, enviar um e-mail a milhares de usuários com mensagens do tipo “Você está sendo traído”, “Seu nome está na lista da Serasa” ou “Saudades de quem te ama”, que remetem a itens (anexos, por exemplo) que, se clicados acionam mecanismos capazes de espionar a máquina dos usuários. “Por isso, é preciso ficar atento”, afirmou Domiciano.

Incentivo ao curioso

Outros assuntos comuns nos e-mails são: “Você foi vítima de ação de despejo”; “Veja fotos inéditas do desastre aéreo” de uma determinada companhia; “Recadastre sua senha. Clique aqui”, em nome de um determinado banco; “Febraban e bancos desenvolvem módulo de segurança. Para obtê-lo, clique aqui”; “Você recebeu um cartão de alguém especial. Clique aqui”. Mensagens mais novas têm como assunto a eleição do novo presidente dos EUA, Barack Obama.
Mais recentemente, os criminosos têm adotado o roubo de identidades (apropriação indevida de endereços de e-mail de programas de trocas de mensagens e Orkut, por exemplo), para praticar golpes, em bancos e em outros tipos de site, como os de comércio eletrônico. “Nesse caso, os golpes consistem em enviar e-mails usando essa ­identidade com assuntos como ‘Nossa foto no churrasco’ ou ‘Parabéns pela conquista’ que fazem com que a vítima abandone o senso crítico e caia no golpe”, afirmou Domiciano.
A recomendação, em situações como essa é a de, antes de abrir o e-mail, checar com o remetente se, de fato, ele enviou a mensagem. O mesmo vale para telefonemas em nome de bancos e operadoras de telefonias, que solicitam informações como número de conta e CPF. “O mais indicado é, antes de ­fornecer qualquer dado, ligar para um gerente de relacionamento e checar se, realmente, a instituição está solicitando esse tipo de informação”, indicou o coordenador da comissão, César Faustino.

Desconfie sempre

Além disso, a Febraban dá algumas dicas para quem vai realizar as operações na internet: desconfie sempre das “estórias” que receber pela internet, principalmente quando oferecem vantagens ou ganhos fora do comum; não clique em links desconhecidos por mais atraente que seja a “estória” contada; conheça bem o site do seu banco e preste muita atenção a qualquer anormalidade; entre em contato com o banco sempre que suspeitar de alguma irregularidade e mantenha seu micro com um antivírus atualizado e com um software de proteção contra ataques pela internet (firewall).
Os especialistas lembraram que as fraudes eletrônicas são, em geral, praticadas por quadrilhas organizadas e, não raro, associadas a outros tipos de crimes.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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