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Viver na expectativa de que nossos parlamentares venham a ter em mente a necessidade de se fazer a boa política é hoje uma utopia. Todos já mostraram quem são e, infelizmente, a maioria não está preocupada com o interesse público, nem com o bom debate. Optaram por obstaculizar o andamento da reforma da previdência ao torpe argumento de que com sua aprovação Bolsonaro se reelegerá. E, o que é pior, não demonstram nenhum interesse para com a economia do País; o desenvolvimento das indústrias e a geração de empregos.

E, agora ameaçam com a reforma tributária, gerando um debate raso, prejudicial e sem objetivo, mas que os colocam nos holofotes da mídia. São infelizes que surgiram de práticas oriundas de ideologias voltadas para o massacre de populações alimentadas  por um populismo inconsequente, onde predominaram os interesses escusos de políticos sórdidos que só alimentaram os bolsões de miseráveis seres humanos e incautos eleitores, lembrados a cada quatro anos.

E, com isto, criaram grupos antagônicos, violentando a vontade do povo, iludindo universitários, destruindo o instituto da família e buscando sempre a manutenção do poder em benefício próprio. Ver o Min. Moro dar explicações a inúmeros Senadores que respondem processos é uma abominável inversão de valores; ou seja, um ato que envergonha o povo brasileiro. 

Lamentável termos um Congresso com este tamanho monstruoso e que custa aos cofres da Nação cerca de 9 bilhões de reais, onde cerca de 100 respondem por processos de ladroagem de todas as espécies. E, neste espírito de corpo, continuam a matar o povo, provavelmente mais que as três maiores organizações criminosas que operam às margens da lei. Roubam na merenda escolar e nos livros escolares, na saúde e nos uniformes, roubam em quase todas as concorrências públicas; tanto quanto já roubaram na Petrobrás… que o digam todos que se encontram presos.

Lamentável que somente agora os “paladinos” da moral venham aduzir que a imparcialidade faz parte da obtenção da Justiça, sugerindo que qualquer tipo de dúvida sobre a pessoa de um magistrado deveria ser o suficiente para o reconhecimento de sua suspeição. Ledo engano, porque no direito pátrio há o momento processual próprio para a arguição de cada aspecto processual. Assim, de nada adianta parte da mídia sentir-se pressionada diante das vozes das massas; uma vez que estas representam a moralidade, a anticorrupção e possuem opinião sobre todos os temas.

Hoje, infelizmente, o imediatismo faz parte da vontade própria de cada base eleitoral, eis que todos buscam os holofotes, revelando o que julgam ser mais vantajoso para seus partidos, em detrimento dos interesses da Nação. Ainda não compreenderam que é possível praticar a boa e sadia política,  mas a vida lhes ensinará, até porque sobreviverão os que se apoiam na realidade, enxergam as necessidades imediatas e decidem com independência e coragem. Contudo, dói muito ter o Senado um Presidente que mesmo respondendo processos teve a audácia de afirmar que “se Moro fosse parlamentar, já estaria  cassado ou preso”. Ao omitir que tipo de delito lhe é imputado, Alcolumbre dentro de sua vaidade pensa que um dia terá a admiração que o povo sente pelo Ministro Moro. Não se deve exigir dos homens mais do que eles passam dar.

*José Alfredo Andrade é ex- Conselheiro Federal da OAB/AM  nos Triênios 2001/2003 e 2007/2009 – OAB/AM A-29  

Alfredo Andrade

é escritor e advogado, autor do livro Página Virada - Uma leitura crítica sobre o fim da era PT
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