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Aumenta exportação para a China e Argentina lidera

Um dos principais países parceiros comerciais do Amazonas, a China, mostra avanços expressivos nos volumes de importação do tântalo, minério extraído no município de Presidente Figueiredo (distante 107 quilômetros). A exportação à China apresentou o maior índice de crescimento proporcional entre os cinco principais compradores do Estado com aumento de 151,42%, no período entre janeiro e julho deste ano.
Apesar do acréscimo ao país asiático, a balança comercial amazonense, divulgada ontem pelo Mdic (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços), aponta vendas de US$ 332,4 milhões, com queda de 22,76% nas comercializações com o mercado internacional. Para os empresários, os resultados negativos devem ser estabilizados a partir deste mês em decorrência das medidas econômicas implementadas nos últimos meses pelo governo federal.
Conforme os dados da balança comercial, nos primeiros sete meses do ano, a Argentina lidera o ranking das exportações como comprador de produtos industrializados na ZFM (Zona Franca de Manaus), com importações de US$ 72,1 milhões e variação negativa de 12,83% em relação a igual período de 2015. O resultado negativo foi seguido pela Venezuela, com faturamento de US$ 58,2 milhões, o que representa decréscimo de 50,92% nas vendas.
A Colômbia ocupa o terceiro lugar na lista dos importadores do Amazonas com compras de US$56,4 milhões e crescimento de 19,10%. A China apresenta o crescimento mais expressivo com faturamento de US$22,5 milhões, o que representa crescimento de 151,42%.

Tântalo deve aumentar exportações

Na avaliação do gerente executivo do CIN-AM (Centro Internacional de Negócios do Amazonas) departamento da Fieam (Federação da Indústria do Estado do Amazonas), José Marcelo Lima, as negociações entre o Amazonas e a China historicamente são promissoras, relação que deve ser reforçada ainda mais por conta do interesse do país estrangeiro em importar o minério de tântalo, utilizado em diversos processos industriais. O empresário afirma que atualmente pelo menos 80% do metal extraído na usina de Pitinga, em Presidente Figueiredo, pela empresa Mineração Taboca, é absorvido pela indústria chinesa.
“A China tem forte interesse pelo nióbio e tântalo para uso industrial. Percebemos uma evolução mensal gradativa no volume de exportação enviado à China e a tendência é aumentar ainda mais esse quantitativo devido a demanda crescente”, comenta Lima.
De acordo com o gerente, a redução no índice da exportação ainda está atrelada aos problemas ocasionados pela instabilidade política e econômica brasileira. Porém, ele acredita que a partir de uma recuperação progressiva da economia nacional a classe empresarial e os investidores terão novamente a confiança em negociar com o Estado, gerando novas exportações.
“Neste período houve redução nos pedidos de importação, da mesma forma que o índice de confiabilidade do país decresceu. É uma série de variáveis que impedem a melhor fluidez nas negociações”, explica.
Lima comenta que o governo argentino passa por um período de reestruturação que reflete na economia, o que segundo ele, tem afetado as relações internacionais com o Amazonas. Mas, ele acredita que esse cenário deverá mudar ainda neste ano. “A Argentina recebe uma nova roupagem política o que afeta diretamente as importações e exportações com redução nos pedidos. Temos condições de atender à demanda do mercado argentino. Acredito que a partir deste mês haverá aumento nos pedidos da Argentina relacionados ao polo duas rodas e de eletroeletrônicos”, disse.
Lima ainda enfatiza que outro país que deve apresentar melhores resultados nas importações de produtos do Amazonas é a Colômbia. “A Colômbia nos deixa animados porque tem boas relações com o comércio internacional, tem economia estável e um povo que apresenta consumo diferenciado. Eles estão avançando no mercado internacional tanto para a compra como para a venda. É uma economia atrativa”, destaca.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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