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Associação tenta manter qualidade das tintas

As tintas comercializadas no mercado local e nacional registraram um avanço positivo em relação à qualidade desses produtos. Das 178 marcas analisadas no último relatório PSQ (Programa Setorial de Qualidade) da Abrafati (Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas), apenas 21 não atendem às especificações exigidas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). O Brasil é um dos cinco maiores mercados mundiais do produto, havendo cerca de 300 fabricantes, de grande, médio e pequeno porte, espalhados por todo o país. Em 2008, esse mercado faturou quase US$ 2.95 bilhões e as tintas imobiliárias representam de 59% a 62% desse volume.
De acordo com a supervisora técnica da Abrafati, Gisele Bonfim, algumas empresas colocam informações falsas em suas embalagens, dizendo que a tinta possui acrílico, antimofo, cheiro de rosas, entre outros, quando esses não existem de verdade no produto, só para enganar o consumidor. A função do PSQ é mostrar que deve se possuir certo grau de qualidade, apontando quais marcas estão aptas ou não. O programa começou com três empresas e hoje conta com 17. A cada trimestre são feitos testes de acordo com as normas da ABNT e se depois de três trimestres for constatado que uma determinada marca não apresenta conformidade, ela é declarada num relatório, que vai para o PBQP-H (Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat) do governo federal e é divulgado no site da Abrafati, apontando tais empresas, segundo explicação de Bonfim.
A Abrafati divulgou recentemente em Manaus o livro “Tintas de Qualidade da Abrafati”, lançado pela associação, que possui apenas os fabricantes aprovados em todos os testes e que estão aptos para comercializar seus produtos. O evento reuniu 24 principais revendedores de materiais de construção para a apresentação dessa publicação e mostrar a importância de vender produtos dentro dos padrões de qualidade, além de tirar dúvidas sobre o trabalho da associação. O livro foi distribuído para esses comerciantes, que foram incentivados em deixá-lo à mostra nos balcões de suas lojas. O presidente do Conselho Deliberativo da Abrafati, Fernando Peres também esteve presente.
No final do ano passado, a Abrafati entregou uma lista dos fabricantes que apresentavam não conformidade ao Ministério Público e participou recentemente de um quadro do programa Fantástico, da rede Globo, que testou a qualidade das principais marcas de tintas, confirmando os resultados divulgados pela associação. A supervisora técnica enfatizou também a importância para a Abrafati do programa do governo federal, “Minha Casa, Minha Vida”, onde só vão poder ser usados materiais de construção aprovados pelo PBQP-H, e também do cartão BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que aumentou o crédito para as pequenas e médias empresas que quiserem reformar seus empreendimentos, podendo somente comprar materiais aprovados pelo PBQP-H.
A Abrafati existe há 24 anos, e com o crescimento do mercado de tintas, sentiu a necessidade de melhorar a qualidade das comercializadas no Brasil, recebendo a resposta com a criação do PBQP-H, há pouco mais de 10 anos. “Nós acreditamos que o programa é gradual, e começou primeiramente com a sensibilização dos fornecedores das matérias-primas, para que as tintas fossem fabricadas com um produto inicial de boa qualidade. Depois fomos aos fabricantes a fim de conscientizar sobre a importância de oferecer uma boa tinta”, disse Gisele. Segundo Gisele, algumas empresas na vontade de aparecer positivamente na lista, acabam ultrapassando o mínimo da norma exigida, ficando bem acima da qualidade esperada.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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