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Ascensão da eletrônica

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Só agora a música eletrônica começa a ganhar um número maior de adeptos em Manaus, não só com quem curte ouvir o som que sai dos setups, mas também com quem produz e executa as pickups e vibes.
Rafael Anjos, 25, como nove entre dez adolescentes, começou a se interessar por música eletrônica aos 14 anos. “Gostava de ouvir o Laszlo (produtor, compositor e performer) e o DJ Agostino (remixer e produtor) entre outros nomes cujos sons faziam sucesso naquele período, nos estilos dance e house”, recordou.
Mas a música eletrônica não é única. Como uma célula ela se multiplica e assim são criadas as vertentes e sub-vertentes. Foi assim que surgiram a acid house, a techno, o hardcore techno, o breakbeat, o drum bass, o ambient, o tribal, o trance entre várias outras. “Desde que eu conheci o trance europeu me identifiquei”. Na época, o DJ preferido de Rafael era o holandês Tiesto que, no ano passado afirmou ter parado de fazer seu som nesse estilo e passou a produzir em outras vertentes. Da mesma forma, aqui em Manaus, Rafael migrou do trance europeu para o trance psicodélico. “Assim como gostava da dance e da house e passei a gostar do trance europeu, agora gosto do trance psicodélico desde que ouvi o som na internet, com um amigo que já o curtia”, contou.
Quando estava com 17 anos, Rafael já tinha certeza que queria ser DJ. “Meu sonho era fazer um curso, mas aqui em Manaus não tinha como. Até apareceu um curso, mas não era o esperado. Ficou muito aquém do que eu imaginava”, disse.
Foi preciso a mãe de Rafael, a artista plástica Rosa dos Anjos, ir realizar alguns de seus trabalhos em Maringá, no Paraná, em 2010, e ele ir junto. Na cidade paranaense o garoto conseguiu fazer um curso que se aproximava do que ele queria, o 4 Beat, no qual aprendeu a mixar.

Quatro raves por ano

“Depois fui com minha mãe pra Curitiba e lá me aperfeiçoei ainda mais ao fazer o curso de produtor musical na Aimec (Academia Internacional de Música Eletrônica). Me especializei no ‘psy che delic’, o mesmo estilo trance psicodélico, porém, alternativo. Também conheci outros DJs profissionais e, em 2011, comecei a tocar em algumas festas”, recordou.
Em 2012, já se direcionando para o que desejava se dedicar profissionalmente, Rafael produziu seu primeiro evento, o Biotronik. “E não parei mais de participar de outros eventos, tocando. Em 2014 voltei para Manaus e, para você ver como a cena da música eletrônica muda constantemente, encontrei uma galera nova, totalmente diferente daquela que havia deixado aqui em 2010. Tive que me adaptar”, ensinou.
Desde então o DJ disse que só vem se aperfeiçoando. “Hoje toco de tudo, é o chamado estilo híbrido, que mistura o som acelerado com o lento. Temos que agradar a todas as tribos”. E embora os eventos de música eletrônica, as raves, ainda sejam do conhecimento de um público seleto, elas acontecem com mais frequência a cada dia. “De 2015 até agora toquei direto. Ano passado, em novembro, fiz a Biotronik 2, na Chácara Dama, na Vivenda do Pontal, além de participar de outros eventos, organizado por amigos. Em março fiz a Sonora, também na Chácara Dama, e em agosto será a vez da Elementos. Meu projeto é fazer quatro grandes raves por ano, uma a cada três meses”, revelou.
No próximo sábado (18), Rafael Anjos irá se apresentar no Trance Magic Festival, na Floresta Encantada, atrás da Pista de Arrancada, em Iranduba. O evento reunirá durante 24 horas, 18 DJs entre locais, nacionais e internacionais, 10 bandas locais e duas bandas nacionais.
E para quem pensa em trilhar o mesmo caminho de Rafael, ele dá um aviso: “ainda este ano eu e meus amigos DJs iremos criar uma escolinha de DJs aqui em Manaus”. Giorgio Moroder agradece.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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