A Receita Federal voltou a bater mais um recorde no mês passado. A arrecadação de impostos e contribuições no país foi a maior já registrada em um mês de julho, somando R$ 50,402 bilhões. O fato tem sido uma constante nos últimos meses, o que ajuda a explicar o resultado dos sete primeiros meses do ano, de R$ 332,834 bilhões, também recorde. No mês passado, a arrecadação apresentou crescimento real -já descontada a inflação- de 12,16%.
Sem levar em conta a receita previdenciária, o Imposto de Renda e a Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) são os tributos mais representativos em volume, R$ 12,758 bilhões e R$ 8,360 bilhões, respectivamente, com crescimento de 15,57% e 12,47%.
Outro destaque da arrecadação no mês passado foi o recolhimento do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) vinculado aos automóveis, o IPI sobre os demais produtos e o Imposto de Importações, que tiveram variações positivas de 22,10%, 22,06% e 20,55%, respectivamente.
Crescimento nas vendas
De acordo com a nota da Receita, esses desempenhos devem-se ao crescimento da venda de automóveis no mercado interno, ao crescimento da produção industrial -com destaque para a arrecadação dos setores de metalurgia, produtos químicos e caminhões- e do aumento das importações. Já as contribuições previdenciárias somaram R$ 12,356 bilhões, valor 14,37% superior ao mesmo mês de 2006.
De janeiro a julho, entraram nos cofres da União R$ 332,834 bilhões em impostos e contribuições. Levando em conta a inflação do período, o valor fica em R$ 335,606 bilhões, um crescimento real de 10,34%. As contribuições providenciarias totalizaram R$ 82,684 bilhões, aumento de 11,96%.
Em 2006, a arrecadação foi de R$ 541,055 bilhões (já corrigido pela inflação), o maior valor já registrado. Todos os meses foram recordes em relação aos mesmos meses de anos anteriores.