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Amazonas tem 90% mais motociclistas em 10 anos

 

Andréia Leite

Instagram: @andreiasleite_   Face: @jcommercio

O número de habilitações de motociclistas no estado do Amazonas superou a média nacional e ficou perto de 90% nos últimos dez anos. No país, o número de pessoas habilitadas com a CNH (Carteira Nacional Habilitação), na categoria A, cresceu 50,9% nos últimos dez anos. Segundo a Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares), até o final do ano passado, 35,2 milhões de pessoas estavam aptas a conduzir veículos motorizados de duas ou três rodas. Em 2012, havia 23,3 milhões motociclistas no Brasil.

As motocicletas seguem mantendo o protagonismo quando o assunto é rapidez, menor custo benefício e ferramenta de trabalho, alguns fatores responsáveis por trazer solidez para o mercado, sobretudo durante a pandemia.  Os dados da Abraciclo provam que o segmento está cada vez mais ativo. 

“Isso é muito importante para o estado que produz cerca de 98% das motocicletas fabricadas no Brasil, pois valoriza a indústria e o trabalhador local. A motocicleta é um veículo ágil, que leva o brasileiro por vários caminhos, garantindo maior mobilidade a todos”, afirmou o diretor executivo da entidade, Paulo Takeuchi.

Para o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, o equilíbrio no segmento também está associado à mudança no comportamento dos consumidores, muitos querem fugir das aglomerações diárias nos transportes públicos, outros utilizar como instrumento de trabalho. Há ainda aqueles que buscam por alternativas mais econômicas devido ao aumento dos preços dos combustíveis.

Conforme dados da Abraciclo, o quantitativo de motoristas que optaram pelo veículo de duas rodas  nos últimos dez anos no Amazonas ultrapassou 706 mil. Sendo 488.692 homens habilitados na categoria e 217.912 mulheres. 

A respeito da faixa etária, as mulheres entre 18 e 40 anos tiveram participação de 69%. Já os condutores do sexo masculino na mesma faixa etária correspondem a 58,9%.

O estudo da entidade está em sintonia com o  Sindcfc-AM (Sindicato dos Centros de Formação de Condutores do Amazonas), ao observar que somente nos últimos três anos a procura pela CNH A, teve aumento em torno de 25%.

Outros números

O emplacamento de motocicletas no Amazonas  apresentou variação de 19,3% nos três primeiros meses numa sequência de quatro anos, segundo a Abraciclo. 

Dados do Detran-AM (Departamento de Trânsito do Amazonas), mostram que até 31 de dezembro do ano passado, foram emitidas 32.733 CNHs na  categoria A.  Ainda conforme o órgão, entre janeiro e março de 2021 foram emitidos 42 habilitações na categoria. No mesmo período deste ano, foram 195. Em relação ao total de emplacamentos de motocicleta nos três primeiros meses de 2022 foram 5.627. 

O industriário Gleison Cruz, optou pela motocicleta por questões econômicas. A principal é o custo de manutenção bem menor que o carro e as oscilações no valor do combustível.  Conforme ele, é possível rodar 50 km com apenas um litro de gasolina. “Foi a melhor coisa que eu fiz. O meu carro era antigo e consumia muito.. A cada três dias eu tinha que abastecer. Quando eu ainda tinha o carro, eu pagava R$ 70 para rodar de acordo com as minhas necessidades. Com a sequência de reajustes no valor do combustível esse valor triplicou”. 

Cenário nacional

De acordo com dados da Abraciclo, o número de mulheres que assumiram o guidão cresceu 83,7% nos últimos dez anos, passando de 4.512.753 em 2012 para 8.287.808 no ano passado. Esse índice é bem superior ao registrado pelos homens, que foi de 43%: de 18.809.391 habilitados em 2012 para 26.911.145 em 2021.

Novo perfil do motociclista

Segundo a Abraciclo, o Brasil possui uma frota oficial de mais de 30 milhões de unidades e a proporção é de uma motocicleta para cada sete habitantes. Em 2012, esse índice era de uma motocicleta a cada dez pessoas. Entre os habilitados, os homens ainda são maioria e representam 76,5% dos motociclistas; enquanto elas, 23,5%.

Fabricante

O primeiro semestre de 2022 da Honda Motos foi concluído com números positivos nos dados de emplacamento de motocicletas: foram mais de 485 mil unidades de janeiro a junho, o que representa um aumento de 25% em relação ao mesmo período de 2021, quando a produção da empresa foi fortemente impactada pelas restrições da pandemia.

Os resultados deste ano concretizam o melhor primeiro semestre da empresa desde 2015, quando foram comercializadas cerca de 520 mil unidades.

O mês com o maior número de emplacamentos totais foi maio, com mais de 103 mil unidades. A média de vendas diárias neste período, de 4.710 motocicletas, registra o melhor índice mensal desde janeiro de 2014.

Produção 

A produção acompanhou a tendência e cresceu 22% no período, com cerca de 535 mil unidades que saíram da fábrica de Manaus. Os dados do primeiro semestre do ano refletem o melhor resultado de produção desde 2015, quando foram fabricadas cerca de 566 mil unidades.

Mercado aquecido 

“Os dados do primeiro semestre de 2022 representam nosso melhor resultado em sete anos e isso demonstra o quanto a motocicleta tem sido importante para o brasileiro e como o veículo ajuda a democratizar a mobilidade. Nossa expectativa para o ano é positiva e mantemos a projeção de cerca de 10% de crescimento, em relação ao último ano. Como uma empresa em constante evolução, a Honda busca inovar e trazer o maior line up do mercado, com opções para diversos perfis de clientes, além de experiências únicas em todos os pontos de contato com a marca.”, afirma Marcelo Langrafe, Diretor Comercial da Moto Honda e Diretor CRM (Gestão de Relacionamento com o Cliente) da Honda South America.

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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