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Amazonas exporta 44,91% mais minérios para a China

Nos meses de janeiro a
setembro deste ano o
Amazonas exportou
mais de US$26,5 milhões
em minérios de tântalo
e ferroligas (liga produzida por
ferro, tântalo e nióbio) para
a China. Houve um aumento
de 44,91% em comparação
ao mesmo período de 2013,
quando as vendas totalizaram
US$18,3milhões. Os minerais
são utilizados, pela produção
chinesa, na indústria aeroespacial
e automobilística.
Os minérios são extraídos na
mina de Pitinga (comunidade
localizada no município de Presidente
Figueiredo – distante
107 quilômetros de Manaus)
pela Mineração Taboca. O secretário
da SEMGRH (Secretaria
Estadual de Mineração, Geodiversidade
e Recursos Hídricos),
Daniel Nava, informa que
ao serem enviadas à indústria
internacional, as ferroligas são
a base de peças e instrumentos
utilizados por processos que
demandam alta dependência
de pressões e ao mesmo tempo,
de leveza.
De acordo com o secretário,
o aumento no índice de exportações
pode estar relacionado
à retomada dos investimentos
chineses sobre novas demandas
mundiais. Ele explica que
a partir do momento em que o
cenário econômico dos países
como os europeus e dos Estados
Unidos apresentam melhores
índices, mesmo que em
pequenas escalas, consequentemente
a demanda mundial
relacionada à atividade fabril,
também aumenta. A China, no
caso, concentra grande parte
da economia fabril em função
da mão de obra barata utilizada
no processo produtivo.
“Percebemos que a crise que
nos atingiu em 2009 dá sinais
de arrefecimento. Aos poucos
a economia mundial volta a ter
crescimentos mínimos. Se o
mercado diminui, as demandas
da indústria mundial também
caem. Se há uma retomada,
mesmo que mínima, a indústria
responde demandando insumos
minerais”, explica.
Segundo Nava, a problemática
da manufatura chinesa a
partir dos insumos minerais exportados
pelo PIM (Polo Industrial
de Manaus) é uma questão
discutida, atualmente, entre
os representantes industriais
locais como a Fieam (Federação
das Indústrias do Estado do
Amazonas), a Suframa, dentre
outros. Ele informa que os processos
aos quais as ferroligas
são submetidos poderiam ser
feitos pela indústria local e com
isso, agregar valor ao produto
final. “Estamos verificando se
o que é produzido na China
não pode ser processado na
indústria amazonense. A partir
do momento em que promovemos
a transformação dentro do
processo industrial agregamos
valor ao produto que ao ser
comercializado gera maior riqueza
à região”, frisa.
Outras questões também discutidas
pelos representantes
industriais amazonenses são:
o fortalecimento do PIM por
meio de uma menor dependência
dos incentivos fiscais e
maior abrangência dos recursos
naturais industrializados a
partir do polo; e ainda o estudo
de uma logística de retorno
voltada ao transporte dos produtos
manufaturados no PIM.
Atualmente os contêineres vêm
da China cheios de produtos
manufaturados. A ideia é que
esses contêineres retornem ao
exterior abastecidos de mercadorias
produzidas na ZFM.
“Podemos quebrar esse trajeto
de ida e vinda. A liga de estanho,
que é produzida aqui, vai
para São Paulo para ser 100%
beneficiada. Se conduzirmos
essa produção na ZFM isso vai
ser atendido diretamente pela
indústria que utiliza o produto
em forma de solda”, avalia.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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