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Amazon Boto promove o turismo ecológico

Quem quiser conhecer o que é o verdadeiro turismo ecológico amazônico, não pode deixar de ir até o Careiro e observar de perto os igarapés, rios e lagos da região. Atualmente, mais de 20 pousadas e hotéis de selva se espalham por uma área imensa, localizados em meio à floresta, praticamente intocada, e em espaços estratégicos tendo a mata fechada e as belas águas escuras daquele pedaço amazônico como um cartão de visitas. Um deles é o Amazon Boto, cujos proprietários, os irmãos Franqui José e Irene Lélis Martins, estão promovendo agora em dezembro o 1º Torneio de Pesca Esportiva da Associação dos Hoteleiros do complexo Mamori, Juma, Tracajá e Maçarico. Se o antigo turismo ecológico, aquele da focagem de jacaré, das caminhadas na mata, dos passeios de canoa para ver a vitória régia e revoada de pássaros, ainda faz sucesso, principalmente para quem visita as localidades pela primeira vez, agora as pousadas e hotéis do complexo adotaram a pesca esportiva do tucunaré, um segmento turístico que não para de crescer no mundo, e o Amazonas vem se destacando nesse tipo de atividade de lazer e esporte. Com isso, a espécie agradece, pois todos os empreendedores que estão lucrando com esse tipo de pesca evitam que o peixe seja fisgado para consumo.

Irene e Franqui à frente da pousada Amazon Boto – Foto: Divulgação

O Mamori é o paraná pelo qual se atinge o rio Juma e os lagos Tracajá e Maçarico.

A viagem para o Careiro começa no porto da Ceasa, de onde se atravessa para o município através da balsa, de ‘ajatos’ ou em fretes particulares. Pela BR-319 pode-se atingir Autazes, Manaquiri e o Careiro.

Um problema que surge  

O Amazon Boto integra a cadeia de pousadas e hotéis que têm surgido naquela região construídos e explorados pelos próprios moradores do local, filhos da terra, que viram no negócio um verdadeiro filão. O problema é que estão surgindo tantos estabelecimentos, que os proprietários dos atuais começam a se preocupar. A quantidade de lanchas e pescadores indo e vindo pelos igarapés, rios e lagos pode acabar com a tranquilidade do lugar e matar os empreendimentos na raiz. A Associação dos Hoteleiros já começa a olhar a situação com mais atenção.

Para se ter idéia de como a pesca esportiva força o surgimento dos empreendimentos, foi assim que aconteceu com o Amazon Boto.

“Meu irmão tem um comércio flutuante aqui no Juma e um barco recreio, o Amazon Boto. Um dia, um grupo de pescadores viu o barco e perguntaram se meu irmão o alugava para eles praticarem pesca esportiva. Prontamente ele alugou o barco e logo teve a ideia de construir a pousada para receber outros pescadores”, contou.

Franqui começou a construir a pousada Amazon Boto, em 2017. Em 2018 ela ficou pronta e só parou de receber hóspedes no período mais crítico da pandemia. Desde então, grupos chegam a todo momento, alguns de Manaus, e vários do Brasil e do exterior.

Com a experiência que tinha com turismo, por ter trabalhado em agências como Selvatur e Paradise, Irene não teve problemas em assumir a administração da Amazon Boto.

“Começamos pequenos, como todas as pousadas que existem aqui, com alguns apartamentos. À medida que a demanda aumenta, a estrutura vai acompanhando”, explicou.

Começou em setembro        

No alto, para evitar enchentes – Foto: Divulgação

A pousada Amazon Boto está localizada no lago dos Botos, formado a partir do rio Juma. Sua entrada, como de várias outras, começa com uma longa escadaria de madeira, pois é construída numa terra alta para não ser atingida pelas enchentes.

O restaurante é também a recepção dos hóspedes. No espaço há um pequeno bar. Na área direita, um imenso deck com piscina e mais adiante os quartos, nove no total. Toda a estrutura da pousada é feita com madeiras.

Quartos bem confortáveis – Foto: Divulgação

“Os passeios ecológicos continuam sendo muito procurados. A focagem de jacarés, a caminhada na selva, o reconhecimento da área (passeio de canoa), a observação de aves e de botos, que aqui tem demais, com tantos peixes, seu alimento, que as águas abrigam em abundância”, disse.

Já a pesca esportiva não demora o ano inteiro. Começou em setembro e segue, no máximo, até janeiro. Depois disso tem início o defeso, época em que várias espécies acasalam e desovam, e as suas pescas ficam proibidas. No caso do tucunaré, agora super protegido, o peixe não se preocupa tanto com a sua pesca.   

Restaurante e recepção juntos – Foto: Divulgação

O 1º Torneio de Pesca Esportiva da Associação dos Hoteleiros do complexo Mamori, Juma, Tracajá e Maçarico acontecerá nos dias 4 e 5 de dezembro, sábado e domingo respectivamente, e as inscrições já podem ser feitas pelo 9 9213-5131.

Um grande deck cerca a piscina – Foto: Divulgação

Serão aceitas até 100 equipes, cada uma formada por dois pescadores mais um piloteiro, sendo que o piloteiro não poderá pescar com a dupla. Se o pescador não quiser formar dupla, poderá pescar sozinho, apenas com o piloteiro que, também neste caso, não poderá pescar.

Foto/Destaque: Divulgação

Evaldo Ferreira

é repórter do Jornal do Commercio
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