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AM registra em julho o pior deficit de 2011

Embora o Amazonas tenha apresentado as melhores cifras de exportação em julho (US$ 83.56 milhões), os números não foram suficientes para fortalecer o saldo da balança comercial, de acordo com dados do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).
Isto porque, no mês, a entrada de produtos importados também se converteu no maior algarismo mensal, na ordem de US$ 1.28 bilhão, o que influenciou no pior deficit do ano (US$ 1.19 bilhão).
Além do mais, no mês das férias o dólar parece ter ‘descansado’. Na época, a maior cotação anotada foi de R$ 1,581. Enquanto isso, a menor foi de R$ 1,538, por sinal, a mais baixa dos sete primeiros meses do ano corrente. O economista Afonso Lobo argumenta que, provavelmente, os dígitos em alta não sejam ‘sinônimos’ de crescimento, em virtude do dólar em queda.
Quando comparado a janeiro, mesmo que o primeiro mês do ano tenha registrado um resultado inferior (US$ 74.52 milhões), ainda conseguiu uma performance positiva em relação ao que foi gravado em julho, já que, no início do ano, a oscilação mais baixa do dólar foi de R$ 1,651, enquanto a cotação mais elevada foi de R$ 1,681.
“Para o exportador, é sempre bom que ele esteja alto, ou do contrário, é menos R$ 1 para cada unidade exportada”, ponderou.
Conectado a este fator, a exportação também teve queda de 25,52% ante o resultado de igual período do ano anterior, com US$ 112.19 milhões.

Produtos no acumulado

Dentre as mercadorias que mais participaram para o incremento nos dados de importação, o tripé composto por componentes para aparelhos receptores de televisão, gasoleo (óleo diesel), e acessórios para motocicletas, permanece em destaque.
Apesar de estar na segunda colocação do ranking, o óleo diesel teve a maior variação em relação ao acumulado de 2010. Houve um crescimento de 190,06%, com US$ 425.50 milhões frente a US$ 146.69 milhões.
Até junho, este saldo era de R$ 287.07 milhões, o que representa um acréscimo de US$ 138.43 milhões somente no mês de julho, 32,53% do total. Em contraponto, a produção do item reduziu 10,01%, segundo dados mais recentes da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) referentes aos primeiros seis meses de 2011.
O delegado da delegacia da Receita Federal de Manaus, Omar Rubim, destaca que seria necessário fazer um estudo para verificar quais os impactos na arrecadação federal devido a grande entrada do produto.
No caso das exportações, as preparações para elaboração de bebidas continuam liderando, com US$ 87.07 milhões. Contudo, mantém um leve recuo de 0,75% em relação a igual período do ano anterior.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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