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Ações são melhores investimentos que previdência privada, diz especialista

Com alta de quase 30% no primeiro semestre e batendo recordes de movimentação financeira, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) tem despertado o interesse de muita gente por investimentos em ações. A falta de informações, contudo, e a idéia de que a bolsa de valores funciona como uma loteria, são apontadas por profissionais como os principais entraves na hora de arriscar uma aplicação desse gênero.
Para o coordenador do MBA Executivo da Universidade Gama Filho Manaus, José Carlos Reston Filho, a cultura do mercado de capitais não é muito divulgada no Brasil, o que explica o porquê do número reduzido de investidores no país em comparação a outras localidades. “As pessoas olham com certo receio para as bolsas. Não se ensina a investir em ações, o que faz com que muita gente caia em armadilhas como da previdência privada, por exemplo, ou invista seu dinheiro em fundos fixos, menos rentáveis que ações negociadas na bolsa”, afirmou.
Nos últimos cinco anos, segundo a revista “Época”, o número de pessoas físicas que investem diretamente na bolsa passou de 85 mil para 245 mil e o volume médio de negócios nos pregões aumentou 15 vezes.
De 2002 até a metade desse ano, a valorização do Ibovespa (Índice Bovespa), que reflete o desempenho das ações mais negociadas na bolsa de valores de São Paulo, foi de 360%, uma das mais altas do mundo.
Quem pensa em entrar no mercado de capitais, o segredo, segundo Reston, é não considerar esta uma forma de ganhar dinheiro fácil. “O importante é colocar os seus investimentos dentro de uma estratégia de uma aposentadoria, por exemplo”, analisou.

Ibovespa avança 1.200% em três anos

No longo prazo, as ações tendem a render bem mais que a renda fixa. Desde 1994, o Ibovespa subiu 1.200%. No mesmo período, a caderneta de poupança rendeu 100% e os fundos de renda fixas, 600%.
Reston exemplificou a diferença entre os rendimentos apontando as ações da Vale do Rio Doce as quais tiveram rendimento de 45% nos últimos 12 meses, superior a caderneta de poupança, cujo rendimento foi em torno de 10%. Os resultados, analisou o acadêmico, mostram a vantagem de se investir na bolsa de valores. “No Brasil, cerca de 85% dos investidores se encontram nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais”, afirmou o coordenador da Gama Filho. “É importante difundir a cultura do mercado de capitais pelo país”.
Segundo ele, o primeiro passo para os interessados em entrar no negócio é buscar informações e procurar por corretoras de valores, única maneira de se investir na bolsa, que cobram uma taxa que varia de 1% a 4% ao ano para a gestão das aplicações. Em geral, a maioria dos bancos tem sua própria corretora.

Valor pode ser baixo

Hoje, de acordo com Reston, é possível começar as aplicações com até R$ 200. A melhor opção para quem não é especialista são os fundos de ações, disponíveis em qualquer agência bancária do país. Nesses fundos, a administração do dinheiro fica a cargo dos gestores. “Mesmo com pouco dinheiro, as pessoas de baixa renda podem ter um excelente começo. Fazendo um depósito sistemático, ao final de dois anos pode-se ter um rendimento considerável”, disse.
“Como a compra e venda de ações é um negócio de risco, o ideal é procurar diversificar a carteira de investimentos, como em renda fixa, imóveis, ações, entre outros. É a diversidade que traz segurança”, explicou Reston.

Workshop esclarece

No dia próximo sábado, 25 de agosto, a Universidade Gama Filho promoverá o workshop “Aprenda a investir em ações”, no Dulcilas da Ponta Negra. As inscrições podem ser feitas no Colégio Gama Filho, na avenida Djalma Batista, ao custo de R$ 90.
O evento contará com quatro palestrantes que abordarão desde o básico, como o significado de ações, até explicações de como inserir a aplicação da bolsa no planejamento financeiro pessoal. A Bovespa estará representada por José Budeu, coordenador do programa “Bovespa vai até a Universidade”.
Estarão presentes também Alfredo S

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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